Às vezes – e com uma frequência cada vez
menor – surgem pensamentos que me deixam feliz, nem tanto pela profundidade,
mas pelo inesperado da "reflechão" (reflexão muito rasteira, entende?). E o
mais recente foi uma “brincadeira” com as diferenças de pensamento entre os
gregos antigos e os judeus da época bíblica. Bora lá.
Se você parar para pensar, notará que os
gregos aparentemente privilegiavam a lógica e o raciocínio dos filósofos, enquanto os judeus davam
ouvidos a profetas e profecias. Uns conversavam e debatiam, enquanto outros
obedeciam e temiam. E isso teria uma explicação nas características da
divindade de cada povo. Para mim (para mim!), o Deus do Antigo Testamento era um deus carrancudo,
punitivo, fazendo os homens acreditar no pecado original e expiar sua culpa, sua máxima culpa através de penitências. Já os deuses gregos seriam uma espécie
de bonobos do panteão de divindades adoradas pelos povos antigos, pois deuses e deusas estavam
sempre pensando “naquilo” (e fazendo!).
Talvez esses comportamentos explicassem
melhor a visão aceita por cada povo de seu(s) deus(es). Ou, melhor ainda, talvez
esses comportamentos divinos fossem projeções do que entendiam ser próprio de
uma divindade. Em outras palavras, cada povo imaginou seu(s) deus(es) “à sua imagem e
semelhança”. E isso talvez explique por que os gregos (que influenciaram os romanos) tenham se tornado a principal fonte e base da civilização
ocidental, mais tarde temperada com a visão judaico-cristã de mundo.
Resumindo, a filosofia e cultura greco-romanas
e a religião judaico-cristã foram os principais ingredientes que moldaram o Ocidente:
razão de um lado, culpa e penitência do outro.
Falei merda?
Jotabê,
ResponderExcluirFalou nada errado
não. Eu me favoreço e leio e
estudo e vou atrás de dados.
Tenho a cabeça cheia de assuntos
e projetos, escrevo em muitos Blogs
e interajo presencialmente
nos grupos de dança, yoga,
taichi, e circuito. Tenho minhas
questões que são só minhas.
Mas vou dizer a você o que digo para
4 pessoas que conheço
e você é uma delas:
Com quem vocês conversam
na vida do dia a dia, além de
mulher, marido e filhos e filhas?
Porque Vc e as outras 3 pessoas
são inteligentes, elouquentes
e devem ter a cabeça fervilhando
o tempo todo. Dessas 3 pessoas,
só você escreve. Ajuda?
Desculpa mas tive que dizer.
Bjins
CatiahôAlc.
Eu não tenho amigos com quem conversar. Vivo hoje recluso como um monge na clausura. Papo cabeça desse tipo só converso com meus filhos, pois minha mulher não curte essas viagens na maionese. Tive um amigo com quem conversava diariamente, mas ele morreu há muitos anos.
ExcluirJotabê,
ExcluirRespondi a seu comentário
lá no Espelhando.
Uma das pessoas que citei
é meu esposo. Quando morávamos
no RJ em um bairro de casas,
ele tinha a turma do nível dele
pra conversar. Quando mudamos
pro ES, ele passou um bom tempo
pra refazer a turma dele, porque de casa
passamos a morar em condomínio
de apartamentos, mas ele refez a turma.
Ele não bebe, mas a turma que gosta
de conversar sobre tudo se reunia
perto de casa e ele se esbaldava.
Mudamos de bairro e de condominio,
agora ele está como Vc, conversando
com os filhos e noras. Comigo também,
mas eele ama conversar sobre
futebol, que gosto só de assistir
enquanto escrevo minhas coisas,
e sobre política, eu prefiro só escutar.
E sobre literatura, ele não é muito fã
de conversar apesar de escrever muito bem.
Desculpa, puxei o viés.