terça-feira, 19 de agosto de 2025

BONOBOS NO PANTEÃO

 
Às vezes – e com uma frequência cada vez menor – surgem pensamentos que me deixam feliz, nem tanto pela profundidade, mas pelo inesperado da "reflechão" (reflexão muito rasteira, entende?). E o mais recente foi uma “brincadeira” com as diferenças de pensamento entre os gregos antigos e os judeus da época bíblica. Bora lá.
 
Se você parar para pensar, notará que os gregos aparentemente privilegiavam a lógica e o raciocínio dos filósofos, enquanto os judeus davam ouvidos a profetas e profecias. Uns conversavam e debatiam, enquanto outros obedeciam e temiam. E isso teria uma explicação nas características da divindade de cada povo. Para mim (para mim!), o Deus do Antigo Testamento era um deus carrancudo, punitivo, fazendo os homens acreditar no pecado original e expiar sua culpa, sua máxima culpa através de penitências. Já os deuses gregos seriam uma espécie de bonobos do panteão de divindades adoradas pelos povos antigos, pois deuses e deusas estavam sempre pensando “naquilo” (e fazendo!).
 
Talvez esses comportamentos explicassem melhor a visão aceita por cada povo de seu(s) deus(es). Ou, melhor ainda, talvez esses comportamentos divinos fossem projeções do que entendiam ser próprio de uma divindade. Em outras palavras, cada povo imaginou seu(s) deus(es) “à sua imagem e semelhança”. E isso talvez explique por que os gregos (que influenciaram os romanos) tenham se tornado a principal fonte e base da civilização ocidental, mais tarde temperada com a visão judaico-cristã de mundo.
 
Resumindo, a filosofia e cultura greco-romanas e a religião judaico-cristã foram os principais ingredientes que moldaram o Ocidente: razão de um lado, culpa e penitência do outro.
Falei merda?

3 comentários:

  1. Jotabê,
    Falou nada errado
    não. Eu me favoreço e leio e
    estudo e vou atrás de dados.
    Tenho a cabeça cheia de assuntos
    e projetos, escrevo em muitos Blogs
    e interajo presencialmente
    nos grupos de dança, yoga,
    taichi, e circuito. Tenho minhas
    questões que são só minhas.
    Mas vou dizer a você o que digo para
    4 pessoas que conheço
    e você é uma delas:
    Com quem vocês conversam
    na vida do dia a dia, além de
    mulher, marido e filhos e filhas?
    Porque Vc e as outras 3 pessoas
    são inteligentes, elouquentes
    e devem ter a cabeça fervilhando
    o tempo todo. Dessas 3 pessoas,
    só você escreve. Ajuda?
    Desculpa mas tive que dizer.
    Bjins
    CatiahôAlc.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não tenho amigos com quem conversar. Vivo hoje recluso como um monge na clausura. Papo cabeça desse tipo só converso com meus filhos, pois minha mulher não curte essas viagens na maionese. Tive um amigo com quem conversava diariamente, mas ele morreu há muitos anos.

      Excluir
    2. Jotabê,
      Respondi a seu comentário
      lá no Espelhando.
      Uma das pessoas que citei
      é meu esposo. Quando morávamos
      no RJ em um bairro de casas,
      ele tinha a turma do nível dele
      pra conversar. Quando mudamos
      pro ES, ele passou um bom tempo
      pra refazer a turma dele, porque de casa
      passamos a morar em condomínio
      de apartamentos, mas ele refez a turma.
      Ele não bebe, mas a turma que gosta
      de conversar sobre tudo se reunia
      perto de casa e ele se esbaldava.
      Mudamos de bairro e de condominio,
      agora ele está como Vc, conversando
      com os filhos e noras. Comigo também,
      mas eele ama conversar sobre
      futebol, que gosto só de assistir
      enquanto escrevo minhas coisas,
      e sobre política, eu prefiro só escutar.
      E sobre literatura, ele não é muito fã
      de conversar apesar de escrever muito bem.
      Desculpa, puxei o viés.

      Excluir

ALMAS GÊMEAS

  Sabe aquele momento feliz em que você descobre que há gente que pensa como você – e que ainda ganha dinheiro com isso?   Hoje fui ao supe...