quinta-feira, 14 de agosto de 2025

SEE ME, FEEL ME - THE WHO

 
Outro dia comentei com um dos filhos que sou um cara de sorte no assunto “música”. Eu era jovem e tive a oportunidade de ouvir e assistir, “ao vivo e a cores”, artistas e eventos fundamentais, icônicos, tanto da música brasileira quanto da internacional.
 
Começando pelos brasileiros, tive o privilégio de ver surgir e acontecer os festivais de música no final da década de 1960 e início da de 1970, de onde despontaram artistas como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Curti e ouvi os músicos do Clube da Esquina, da Tropicália e dos Novos Baianos (grupo que mereceu um documentário realizado por uma TV alemã), sem falar nos cearenses Fagner e Belchior, todos em início de carreira, todos com a criatividade e inspiração a mil.
 
Do lado internacional, ouvi os Beatles quando ainda não tinham se separado e acompanhei a melhor fase dos Rolling Stones. E, para fechar, assisti no cinema (umas quatro vezes) ao documentário sobre o primeiro Festival de Woodstock – tão icônico e paradigmático que ganhou até um monumento no local onde aconteceu. E tudo isso quando eu tinha apenas dezenove, vinte anos. Poderia até dizer daquela época: “Meninos, eu vi!” – pois eu estava lá, quando tudo estava acontecendo. Muita sorte!

Falando em música, depois da charge sobre a manga Tommy, resolvi postar o vídeo da banda The Who interpretando a música de onde tirei os versos da piada. Escolhi a apresentação que incendiou a plateia que estava no festival de Woodstock e a que o assistiu na telona dos cinemas. Escutaí.



Não deixa de haver uma ironia triste no fato de que este monumento, que celebra os “3 Days of Peace & Music” (15, 16 e 17 de agosto de 1969), também lembre uma sepultura – que guarda os sonhos de toda uma geração e do próprio rock. 





4 comentários:

  1. Realmente, sua adolescência foi rica musicalmente. Não vi esses caras começando mas já assisti várias vezes os vídeos dos grandes festivais. Só fui conhecer essa turma lá pelo início dos anos 80, eu com 15, 16 anos. Fui criado em uma família de parte de mãe muito musical, cheio de instrumentistas, cantores e cantoras, mas nessa época minhas maiores referências eram a música gospel por conta da minha mãe. Quando o rock chegou ao gospel por aqui, para mim foi a glória.

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    1. Como disse ou tentei dizer, eu tive a sorte de ser jovem quando esses caras também jovens estavam mudando ou criando uma nova cultura, novos comportamentos. Eu estava na arquibancada, não em uma biblioteca, se me entende.

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    2. entendo...mas eu gostava de bibliotecas também...rs

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    3. Hoje eu leio sobre essa época. O festival de Woodstock, por exemplo, além de continuações sem nenhum charme e relevância, rendeu filme (com vários cortes e montagens), um album triplo e depois mais um duplo e até livro. Ganhei um de meu filho mais velho, que traz detalhadamente as apresentações de cada dia, comentários de gente que apareceu no filme e tudo o mais. Recentemente, saiu a relação de cachês que cada artista recebeu. O maior de todos foi o de Jimi Hendrix (18 mil dólares). Mas o bom mesmo foi viver aquele momento, aquela época.

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