Outro dia comentei com um dos filhos que sou um cara de sorte no assunto “música”. Eu era jovem e tive a oportunidade de ouvir e assistir, “ao vivo e a cores”, artistas e eventos fundamentais, icônicos, tanto da música brasileira quanto da internacional.
Começando pelos brasileiros, tive o privilégio de ver surgir e acontecer os festivais de música no final da década de 1960 e início da de 1970, de onde despontaram artistas como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Curti e ouvi os músicos do Clube da Esquina, da Tropicália e dos Novos Baianos (grupo que mereceu um documentário realizado por uma TV alemã), sem falar nos cearenses Fagner e Belchior, todos em início de carreira, todos com a criatividade e inspiração a mil.
Do lado internacional, ouvi os Beatles quando ainda não tinham se separado e acompanhei a melhor fase dos Rolling Stones. E, para fechar, assisti no cinema (umas quatro vezes) ao documentário sobre o primeiro Festival de Woodstock – tão icônico e paradigmático que ganhou até um monumento no local onde aconteceu. E tudo isso quando eu tinha apenas dezenove, vinte anos. Poderia até dizer daquela época: “Meninos, eu vi!” – pois eu estava lá, quando tudo estava acontecendo. Muita sorte!
Falando em música, depois da charge sobre a
manga Tommy, resolvi postar o vídeo da banda The Who interpretando a música de
onde tirei os versos da piada. Escolhi a apresentação que incendiou a plateia
que estava no festival de Woodstock e a que o assistiu na telona dos cinemas.
Escutaí.
Não deixa de haver uma ironia triste no fato de que este monumento, que celebra os “3 Days of Peace & Music” (15, 16 e 17 de agosto de 1969), também lembre uma sepultura – que guarda os sonhos de toda uma geração e do próprio rock.
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