Ontem comemorou-se mais um Dia das Mães.
Seria só mais um de tantos já comemorados, não fosse o fato de ser este o
primeiro acontecido após a morte de meu cunhado Taco. Os filhos e filhas,
genros, noras, netos e bisnetos reuniram-se na casa de minha sogra (prestes a
completar 96 anos).
Minha sogra sempre demonstrou um enorme apego
à vida. Superou a perda de todos os irmãos (mais novos que ela), marido e
cunhados (todos), mas começou a sentir no corpo e na mente a falta de dois
filhos. Hoje, passa a maior parte do tempo deitada, provavelmente entregue às
lembranças de tempos mais felizes, pois continua super lúcida. E isso
entristece e preocupa os filhos e também a mim.
Pensando sobre isso, ocorreu-me a ideia de
que na vida de familiares e amigos a morte de uma pessoa querida é uma singularidade.
Afinal, até que se decorra um ano do falecimento de meu cunhado, especialmente
para sua esposa e filhos, acontecerão outros "primeiros momentos" – Dia dos Namorados, Dia dos Pais,
aniversário de casamento, Natal, passagem de ano, dia de seu aniversário, etc.
É um luto estendido que durará 365 dias, pois não há como deixar de pensar em
coisas como “Nesta data, no ano passado,
ele estava aqui rindo e tomando cerveja, lembra?”
Até completar um ano, se considerássemos o
tempo decorrido entre o "Dia "T" (do Taco) e cada um dos eventos citados acima e fizéssemos o mesmo para os 365 dias
anteriores à data de seu falecimento, até poderíamos construir um gráfico como este:
Eu sei que essa é uma reflexão muito medíocre, bem no estilo Jotabê. Entretanto, fiz uma conexão desse gráfico com a teoria do Big Bang. Talvez, assim como acontece hoje conosco em relação à morte do Taco (há um "antes" e um "depois" de sua perda), poderia haver um "antes" do "Fiat Lux". Já pensaram nisso? Calma, soltem as pedras que eu explico!
Eu sei que essa é uma reflexão muito medíocre, bem no estilo Jotabê. Entretanto, fiz uma conexão desse gráfico com a teoria do Big Bang. Talvez, assim como acontece hoje conosco em relação à morte do Taco (há um "antes" e um "depois" de sua perda), poderia haver um "antes" do "Fiat Lux". Já pensaram nisso? Calma, soltem as pedras que eu explico!
O Big Bang é uma singularidade cósmica que
fez surgir o "nosso" universo. Não há nenhum sentido prático ou lógico em tentar
imaginar o que havia antes (se é que houve um "antes"). Obviamente,
estamos falando de Ciência, de Física, de Cosmologia. Mas minha ideia é outra: se um
escritor talentoso de ficção científica ou realismo mágico
resolvesse imaginar um tempo e um universo anteriores ao Big Bang, o
resultado dessa viagem mental poderia resultar em um livro bem bacana. Alguém
aí se habilita?
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