Mesmo que você não goste de documentários sobre a vida selvagem (eu adoro), talvez já tenha visto num globoreporter da vida uma migração de animais que acontece todo ano na África. É uma imagem impressionante, épica. Segundo a sapientíssima internet, “A migração dos gnus é a maior migração de mamíferos da Terra, onde mais de um milhão de gnus e outros antílopes percorrem mais de 800 km pelo ecossistema do Serengeti-Mara (Tanzânia e Quénia) em busca de pastagens verdes e água”
Blogson Crusoe
O blog da solidão ampliada
domingo, 28 de setembro de 2025
MIGRAÇÃO DE GNUS
Mesmo que você não goste de documentários sobre a vida selvagem (eu adoro), talvez já tenha visto num globoreporter da vida uma migração de animais que acontece todo ano na África. É uma imagem impressionante, épica. Segundo a sapientíssima internet, “A migração dos gnus é a maior migração de mamíferos da Terra, onde mais de um milhão de gnus e outros antílopes percorrem mais de 800 km pelo ecossistema do Serengeti-Mara (Tanzânia e Quénia) em busca de pastagens verdes e água”
sábado, 27 de setembro de 2025
SÓ RI A PERIFERIA
Se “quem tem amigo tem tudo”, mais ainda terá quem tem amigo nobre. E eu tenho! Como dizia o colunista social Ibrahim Sued, “sorry, periferia!”. Mas não quero fazer mistério. Tenho um amigo nobre, o Conde, dono do blog “Casa do Conde”. Estava sumido, provavelmente dedicado às muitas viagens internacionais que um nobre normalmente faz para afastar o tédio. Mas voltou com tudo.
sexta-feira, 26 de setembro de 2025
PARANDO DE FUMAR
Meu estado de espírito atual está no modo "corrente alternada", ora gira para um lado, ora para o outro e isso se reflete na vontade de continuar ou abandonar de vez o blog e a blogosfera. Nunca me senti tão bipolar como agora! Às vezes meu maior desejo é que eu realmente consiga me afastar, mesmo sem saber como ficarei depois, pois a realidade é tão opressora que acho até injusto querer continuar com o blog. Em outros momentos, estando mais tranquilo ou resignado, tenho vontade de continuar "blogando". Esse é o impasse.
O texto que lerão a seguir foi escrito quando eu estava no subsolo do fundo do poço da depressão. Se eu resolvesse hoje escrever sobre o mesmo tema, sairia um texto totalmente diferente. Não vou entrar aqui em detalhes sobre minha vida pessoal e familiar, pois algumas pessoas escolhidíssimas sabem do que estou passando. Então, vamos ao texto escrito no cu da depressão:
Cheguei à conclusão de que não conseguirei fazer o “desmame” do blog tal como tinha imaginado, com a publicação a cada dois ou três dias dos textos que já estavam prontos, pois isso só tem aumentado minha ansiedade. Creio que a solução terá como modelo e exemplo o ato de parar de fumar: cortar de uma vez.
Imagino que algumas pessoas que acessam o blog devem fumar (cigarros vendidos em bares e padarias, bem entendido) ou talvez tenham conseguido se livrar desse vício. Eu já fumei, todos os meus cunhados já fumaram e pararam (um pouco tarde, para alguns). Você – que nunca fumou ou conseguiu parar – já beijou a boca de quem fuma? O gosto é horroroso, diminuindo muito o prazer da troca de saliva.
Pois bem, cheguei à conclusão que preciso fazer com o blog o mesmo que já fiz e a maioria das pessoas faz para parar de fumar: só na porrada, de uma vez só. Os primeiros dias serão horríveis, a vontade de voltar será quase incontrolável, mas, aos poucos, esse desejo irá se acalmando até que o ato de fumar/postar seja só uma lembrança. E se tiver uma recaída, não tem problema. Alguns têm, outros não.
Por isso, reprogramei todos os textos que já estavam prontos e os que fui criando de forma obsessiva – como se precisasse aproveitar o ar que está se acabando – para publicação com no máximo dois dias de espaçamento entre eles. O último deverá ser publicado no inicio de outubro. Como poderão notar, o humor está extremamente oscilante, bem "corrente alternada".
Lamento que algumas pessoas tenham ficado sabendo da existência do blog só em sua fase agônica. Meu sentimento por todos/todas que seguem o blog é de pura gratidão. Agradeço especialmente à Catiahô, à Daniela Silva, ao Eduardo Medeiros, ao Eduardo Franciskolwisk e ao Fabiano Caldeira, por sempre ou quase sempre comentar o que acabaram de ler.
Peço sinceras desculpas a todas as pessoas que acessam ou acessaram o Blogson por evitar dar respostas aos comentários porventura deixados no blog. Também peço que me perdoem por não ler nem comentar as postagens dos blogs que sempre segui, pois atualmente minha mente alterna tristeza altíssima com a esperança de que tudo ficará bem para quem eu amo tanto.
Hoje eu não sou mais o que eu era até há pouco tempo. Eu era alegre e não sabia. Hoje eu apenas finjo que sou. E são essas mudanças que me levam a me desculpar com vocês. Talvez perca todos os seguidores (acabei de perder um), mas continuarei a fazer o que está mais de acordo com a turbulência em que me encontro: não comentarei mais nada, não responderei mais nada e acessarei apenas dois ou três dos blogs que sempre acessei. E o motivo, como disse, é tristeza. Nunca me senti tão triste como agora! E não é frescura nem depressão de idoso carente, a culpa é do futuro que resolveu chegar mais cedo.
Este era o texto que acreditei ser definitivo. Hoje, pensando de forma um pouco mais relaxada (hoje ninguém sofreu dor!), imaginei uma solução idiota e paliativa: reprogramar os posts antigos para a época atual. Não escreverei nada, apenas mudarei a data de publicação. Se eu mover um terço do que já publiquei, o blog terá uma sobrevida (estou odiando esta palavra!) de três anos, mas precisarei fazer isso rápido pois até lá já devo ter morrido fisicamente ou de desgosto.
É uma ideia idiota, eu sei. Mas, assim fazendo, o blog não morrerá de inanição. E mesmo os leitores mais antigos poderão rever as "velhidades". Porque uma coisa é certa: ninguém tem interesse em ler textos de autorzinho inexpressivo se tiver de entrar nos arquivos do blog. Vamos ver como fica isso depois dos últimos posts inéditos serem publicados. Talvez amanhã eu já esteja em outra vibe e queira "parar de fumar" na porrada. Em todo caso, deixo meu abraço mais carinhoso a cada um de vocês, dizendo que sempre me diverti muito com as postagens que fizeram em seus blogs e com os comentários que deixaram aqui.
Para finalizar, sugiro a quem desembarcou agora neste blog agonizante que leiam os e-books que publiquei na Amazon. Nunca pensei em ganhar dinheiro com eles (o último depósito feito em minha conta foi de R$0,01 – um centavo), apenas digo que o Jotabê que existiu – e que não existe mais – está nesses livros bobos e um pouco pretensiosos:
JUNTANDO CACOS DE MIM: ANTOLOGIA AFETIVA DE POEMAS SEM VALOR
https://www.amazon.com.br/dp/B0FFK3V4N8
NA BATEIA DA MEMÓRIA: (Crônicas, Contos e Mais Alguma Coisa)
https://www.amazon.com.br/dp/B0FK2HZ792
ALGUÉM PEDIU SUA OPINIÃO? (Um Manual De Reflexões Irrelevantes)
https://www.amazon.com.br/dp/B0FKYS6HWB
O CASO DA VACA VOADORA E OUTRAS LEMBRANÇAS: "CAUSOS" DO
PINTÃO
https://www.amazon.com.br/dp/B0DGWR7C8K
SEM MEDO DE SER ReDÍCULO: (Cuidado! Aqui Só Tem Humor de Quinta
Série!)https://www.amazon.com.br/dp/B0FHGHLSXX
NÃO ADIANTA ESPERNEAR! (Os Dezénhos Ahahvulsos de Jotabê)
https://www.amazon.com.br/dp/B0FH2XN584
NÃO ADIANTA RECLAMAR! Eu Não Sei Desenhar, Pô!
https://www.amazon.com.br/dp/B0FGDRWJK3
THE FLYING COW CASE AND OTHER UNBELIEVABLE TALES (Edição em inglês
dos casos do Pintão)
https://www.amazon.com.br/dp/B0FJ4QQTY4
quinta-feira, 25 de setembro de 2025
ADEUS À DEUSA
Não é devaneio, tampouco invenção: o tempo de tela que ela tem em "Oito e Meio" é de exatos oito minutos e meio. Podem contar - eu contei (os céticos que cronometrem; os sonhadores hoje melancólicos que me sigam).
Não terá sido nada calculado, ou metalinguístico: nem Fellini, nem o editor - ninguém deve ter planejado a duração desse recorte. Foi a poesia do celulóide, que ganha vida própria sempre que é beijado pela luz.
Só sei que naqueles oito minutos e meio em que sua serena luminosidade eclodiu pro mundo ("O Leopardo", do mesmo ano, só estrearia meses depois), Claudia Cardinale foi a mais bela mulher do planeta. Serpenteando diáfana nos labirintos da mente do Guido de Marcello Mastroiani, ela fez com que todas as outras belezas, nos cinco cantos do mundo, fossem impiedosamente eclipsadas (sim, nos cinco cantos - estou também contando o Olimpo, onde as deusas permaneceram os oito minutos e meio mudas, borbulhando de ressentimento). Só depois desse curto intervalo, quando ela saiu de cena, é que aqui e ali as belezas mundanas foram voltando a aflorar, e a graça passou a ser redistribuída com justiça e um mínimo de equidade.
Hoje ela saiu de cena pela última vez.
E o Olimpo a recebe, em festa. As deusas, outrora invejosas, agora percebem que ela, retornando pra sua origem e não mais compartilhando sua existência com os mortais, finalmente deixa de fazer sombra a elas no imaginário coletivo.
Pobres deusas. Mal sabem que aqueles oito minutos e meio duraram o necessário pra que ela ingressasse na eternidade.
RIP
PREDESTINAÇÃO
Esta notícia foi publicada em vários meios de comunicação:
(...) um laudo técnico do LACEN-RJ (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels) identificou fragmentos semelhantes a vidro em um dos lotes, o que levou à interdição de todas as unidades do produto.
TRADUZIR-SE – FERREIRA GULLAR
O Pasquim tinha vários colaboradores que moravam em outros países. Além dos artigos e crônicas do Paulo Francis, Ivan Lessa, e outros, o poeta Ferreira Gullar (autor da frase acima e destinatário de minha reverência de hoje) também podia ser lido no velho "Pasca". É daquela época meu primeiro e único contato com o reverenciado de hoje, pois nunca me interessei em ler nada de sua obra. Ignorância e falha minha, lógico.
Mas, em vez de ficar conversando fiado sobre quem ignoro quase tudo, vou transcrever um poema espetacular que descobri e, também, alguns trechos da tal entrevista (excelente, diga-se) concedida ao jornalista Pedro Dias Leite.
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
pesa, pondera:
outra parte
delira.
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
BACK TO BASICS!
MIGRAÇÃO DE GNUS
Mesmo que você não goste de documentários sobre a vida selvagem (eu adoro), talvez já tenha visto num globoreporter da vida uma migração ...
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