sábado, 14 de junho de 2025

SERÁ?

 
Na hoje inocente década de 1960 a maior das tragédias que aconteciam pelo mundo afora era a Guerra do Vietnã, tragédia verdadeira com milhares de mortes de americanos e vietnamitas. Época em que surgiram os hippies com seu protesto pacífico e músicas com letras que criticavam esse confronto insensato. Comparando aquela década com a atual eu vejo que havia uma ingenuidade e romantismo que se acabou talvez para nunca mais voltar. 

Em 1965 ouviu-se uma música de protesto contra a guerra do Vietnã que fez o maior sucesso. Alguns de seus versos podem ser lidos com a sensação de que foram escritos hoje para registrar a perplexidade que esses conflitos no Oriente Médio têm causado. Depois me diga se eu tenho ou não tenho razão, porque hoje, com a chacina promovida por um genocida que ocupa o cargo de primeiro-ministro de Israel, com o bombardeio de bases e instalações do Irã por esse mesmo país de um belicismo insuspeitado, apoiado por uma super potência presidida por um lunático que parece querer incendiar o mundo com suas declarações e decisões estapafúrdias, não me surpreenderia se o mundo estivesse mesmo à beira da destruição total.
 
O mundo oriental está explodindo
A violência se espalha, as balas sendo carregadas
Você não acredita na guerra, mas o que é essa arma que está carregando?
Mas você me diz
De novo, de novo e de novo, meu amigo
Que não acredita
Que estamos à beira da destruição
 
Você não entende o que estou tentando dizer?
Não consegue sentir o medo que estou sentindo hoje?
Se o botão for apertado, não haverá como escapar
Não vai sobrar ninguém para salvar, com o mundo em uma cova
Olhe ao seu redor, garoto, isso tem que te assustar, garoto
E você me diz
De novo, de novo e de novo, meu amigo
Que não acredita
Que estamos à beira da destruição
 
Sim, meu sangue ferve tanto que parece coagular
Estou sentado aqui só contemplando
Não posso distorcer a verdade, ela não admite manipulação
Esse mundo louco é simplesmente frustrante demais
E você me diz
De novo, de novo e de novo, meu amigo
Que não acredita
Que estamos à beira da destruição
 
Ah, você pode ir embora e passar quatro dias no espaço
Mas quando voltar, vai ser o mesmo velho lugar
O rufar dos tambores, o orgulho e a desgraça
Você pode enterrar seus mortos, mas não deixe rastros
Odeie seu vizinho, mas não se esqueça de rezar o terço
E você me diz
De novo, de novo e de novo, meu amigo
Que não acredita que estamos à beira da destruição
Não, não, você não acredita que estamos à beira da destruição.
 
Se quiser, pode ouvir a gravação original desta velha/nova música de protesto:

 


 

2 comentários:

  1. Sim, os hippies era inocentes e românticos. O mundo é o que é e o que sempre foi. A guerra nasceu junto com a espécie humana. Eu não simplificaria o ataque de Israel a uma nação que financia vários grupos terroristas que tem por missão destruir o estado de Israel, tanto que os principais países europeus estão apoiando (ainda que com ressalvas) esse ataque. Ninguém quer um Irã com bomba atômica na mão dos teocratas islâmicos que governam o país na base da opressão e do terror.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu penso que mesmo sendo vitima de uma odiosa teocracia, os dirigentes do Irã não pensamrealmente em usar a bomba. India e Paquistão têm a boma, são inimigos e só ficam na ameaça. Mas pode ser que exista um maluco como o do filme Dr. Strangelove (vale a pena ver, se ainda não viu. Muito engraçado).

      Excluir

BEIJO PARTIDO - MILTON NASCIMENTO

  Toninho Horta é um compositor mineiro multi-premiado, autor de melodias sofisticadíssimas que ele cantarola com sua voz horrível, pois mui...