EXÉRCITO DE BRANCALEONE
“Quando a estupidez é considerada patriotismo, não é seguro
ser inteligente”. (autor desconhecido)
Este post era só de despedida e fechamento do
blog, mas depois dos acontecimentos mais que deploráveis em Brasília e ainda mais
lamentáveis por existir pessoas que aplaudem e aplaudiram o vandalismo descontrolado
de uma escória criminosa, resolvi deixar também registrada minha revolta e desprezo
por todos os que concordaram, não se importaram, ou até aplaudiram essa inadmissível tentativa de golpe.
Depois de noticiada na mídia a intenção de bolsonaristas de fechar refinarias e a utilização de caminhoneiros para bloquear estradas, ficou claro para mim que uma operação de guerra havia sido planejada e financiada por uma minoria endinheirada e com apoio de estrategistas. Ou seja, um grupo de golpistas (que precisa ser identificado, preso e punido) resolveu criar um exército de Brancaleone para que as Forças Armadas se dispusessem a intervir e melar um governo democraticamente eleito.
Um exército trapalhão formado por idiotas, lunáticos, vândalos e mercenários, dividido em três “armas”: “infantaria”, a turba de vândalos que viajou para Brasília; “cavalaria”, os caminhoneiros que fechariam as estradas e “engenharia" ou "artilharia”, a gangue que bloquearia as refinarias.Em uma guerra de verdade os comandantes sempre ficam obviamente a salvo para acompanhar, planejar e conduzir as operações, jamais ou quase nunca na "frente de batalha", jamais deixando o cuzinho à mostra. Esse pessoal precisa ser identificado e punido, muito bem punido, para parar de brincar de “Comandos em Ação”!"
Depois de noticiada na mídia a intenção de bolsonaristas de fechar refinarias e a utilização de caminhoneiros para bloquear estradas, ficou claro para mim que uma operação de guerra havia sido planejada e financiada por uma minoria endinheirada e com apoio de estrategistas. Ou seja, um grupo de golpistas (que precisa ser identificado, preso e punido) resolveu criar um exército de Brancaleone para que as Forças Armadas se dispusessem a intervir e melar um governo democraticamente eleito.
Um exército trapalhão formado por idiotas, lunáticos, vândalos e mercenários, dividido em três “armas”: “infantaria”, a turba de vândalos que viajou para Brasília; “cavalaria”, os caminhoneiros que fechariam as estradas e “engenharia" ou "artilharia”, a gangue que bloquearia as refinarias.Em uma guerra de verdade os comandantes sempre ficam obviamente a salvo para acompanhar, planejar e conduzir as operações, jamais ou quase nunca na "frente de batalha", jamais deixando o cuzinho à mostra. Esse pessoal precisa ser identificado e punido, muito bem punido, para parar de brincar de “Comandos em Ação”!"
Como símbolo e recordação desta época triste sugiro buscar no Youtube uma lindíssima música apropriadamente intitulada “Stormy Weather” (“Clima Tempestuoso” ou “Tempo de Tempestade”), interpretada por Etta James. Para facilitar, o link é este: https://www.youtube.com/watch?v=et7SReenr_s
O SONHO ACABOU
O sonho acabou. Não foi o Gilberto Gil nem um dono da confeitaria que disse isso. Sou eu que estou dizendo.
13 amigos e amigas virtuais (eram 15, mas dois,
mais "sensíveis", resolveram abandonar o blog), mais de 146 mil visualizações,
2.620 postagens, mais de 4.700 comentários (metade disso, provavelmente, correspondente
às minhas respostas). Bacana, não? Oito anos e meio de muita diversão, piração,
angústias, insights, raiva, decepção e alegrias, tempo em que este blog transformou-se
em "blogoterapia", palanque para criticar os políticos mais em evidência,
"sitting comedy" de má
qualidade (o oposto de stand up comedy),
galeria de desenhos de jardim de infância, palco para todo tipo de exibicionismo
jotabélico, idiossincrasias e neuroses mal ou nunca curadas.
Esse é o retrato do Blogson Crusoe. Mas acho que
já deu. Não tenho mais vontade nem estômago (talvez no sentido literal, só um exame
que estou postergando dirá) para continuar a brincar de blogueiro ou ficar me explicando
ou contestando opiniões contrárias à minha forma de ver a vida, pois, por mais que
alguns não acreditem, eu sou uma pessoa moderada e a favor da conciliação, da “abertura
de portas”, sempre na torcida a favor do Bem, sempre contra todo tipo de radicalismo.
Também não tenho mais vontade de ficar usando
linguagem coloquial e gírias mal aprendidas para esconder minha ignorância e falta
de cultura. Cansei de buscar inspiração, de tentar garimpar assuntos interessantes
ou pequenas lembranças ainda não registradas. Sinto-me incapaz de fazer novas piadas
de quinta série (acho que fui reprovado) ou de escrever uma crônica minimamente
bem humorada. Resumindo, acho que já deu mesmo.
Como disse antes, foram muitas as emoções vivenciadas
nesses oito anos de vida. Mas a partir de hoje o Jotabê vestirá seu pijaminha de
unicórnio cor de rosa, calçará suas pantufas e voltará a ser apenas o José Botelho,
um idoso triste, deprimido e solitário, mas com ódio eterno ao cloroquínico ex-presidente
(e aos baderneiros e terroristas de extrema direita que ontem, dia 08/01, além de
vandalizar prédios públicos e bens histórico-culturais em Brasília, ainda barbarizaram
este post que já estava pronto, pois não queria criar um post apenas para fazer meu
desabafo contra os bolsonaristas idiotas (a grande maioria).
Voltando ao texto original eu já estava acalentando
a ideia de fechar o Blogson há muito tempo (este texto começou a ser escrito ainda
antes do Natal, mas fui enrolando sempre procrastinando, sempre adiando o xeque-mate,
algo parecido com um relacionamento que terminou mas que você demora a aceitar),
pois eu ainda pretendia publicar (e publiquei) oito posts já prontos (mesmo que
fossem uma merda), pois detesto jogar fora o que escrevi.
Mas agora não há mais nada no estoque. Por isso,
vou utilizar a “cláusula pétrea” que descrevi no post “Uma Cláusula Pétrea” para
fechar o Blogson, pois agora tenho certeza do que realmente quero. Em outras palavras,
nunca mais postarei nada neste blog da solidão ampliada. Este é o fim real e definitivo
do Blogson, pois "nunca mais" é para sempre.
Mesmo assim, deixo para os amigos e amigas virtuais
(inclusive para os que optaram por deixar de ser e até mesmo para os que talvez
tenham aplaudido o vandalismo em Brasília) meu coração eternamente grato pelo que
representaram para mim e para o Blogson nesses oito anos.
Fui, ou melhor, fomos.
O sonho acabou. Não foi o Gilberto Gil nem um dono da confeitaria que disse isso. Sou eu que estou dizendo.