- Bom, vocês sabem que eu fui o pior aluno da nossa turma, não é?
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
REUNIÃO ANUAL DA TURMA DE 1975
- Bom, vocês sabem que eu fui o pior aluno da nossa turma, não é?
terça-feira, 24 de agosto de 2021
DESANIVERSÁRIOS - A MARRETA DO AZARÃO
Como todos os leitores do Blogson já sabem, o titular absoluto do blog "A Marreta do Azarão" é meu amigo virtual há uma penca de anos. Ele é muito bom em ironia, sacanagens e putaria, destiladas com frequência nos textos que publica. Mas também é muito bom em poemas elegantes e bem transados, recheados de ideias, imagens e expressões que muitas vezes pegam o leitor de surpresa, tornando sua leitura extremamente prazerosa. Como é o caso do poema transcrito a seguir. Quem mais imaginaria a existência de um “cacau albino” ou de chá servido em cartola? Só mesmo o Marreta ou o Chapeleiro Louco da história de Alice. Mas esqueça tudo o que eu acabei de dizer e apenas aproveite a beleza do poema (seu título original é “Aceitas uma Cartola de Chá? De Camomila ou de Psilocybe? Ou, ainda, de Bebida Púrpura?”).
Sei que você se lembra do meu.
Mas são os nossos desaniversários,
Festejados sem festa juntos,
As datas que mais comemoro.
São as fotografias não tiradas
Do não soprar de nossas velinhas
Que ocupam
E que se aninham
Nos porta-retratos que não tenho
Sobre a mesa de centro,
Sobre o criado-mudo,
Na estante, ao lado de um Bukowski.
Porém,
Inevitavelmente
Registradas internamente em minhas pálpebras,
Reveladas sempre que fecho os olhos para dormir,
Ou para sonhar
(E ai daquele que pensa que uma coisa é sinônimo da outra, ou mesmo, até, aparentadas e consanguíneas).
São os presentes nunca dados ou recebidos
Que guardo ocultos
Nos fundos falsos das minhas gavetas;
E que as perfumam de café e de cacau albino
E que espantam as traças e as baratas
E os meus remorsos por toda a beleza que deixei ser roubada de mim.
sábado, 21 de agosto de 2021
UNI DUNI TÊ
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
sábado, 14 de agosto de 2021
HUMOR BRITÂNICO PARA INICIANTES
Já faz algum tempo que descobrimos no canal Film&Arts o “Show de Graham Norton”, um talk show produzido na Inglaterra, com quatro ou cinco convidados em cada programa. O apresentador, uma espécie de Jô Soares magro, extrai com seu senso de humor afiado os casos mais bizarros ou hilários dos convidados. E esse é o segredo do programa, o humor inesperado e às vezes desconcertante dos comentários divertidos feitos pelo apresentador ou por seus convidados.
Justamente por essa pegada do programa, resolvi pesquisar na internet alguma coisa sobre o “humor inglês”. E descobri um texto curto que resolvi transcrever, só para provocar um de meus doze amigos virtuais. Mais de uma vez, depois de ler no Blogson algum texto autodepreciativo ou melancolicamente irônico, meu amigo virtual Scant reagiu como um zeloso e severo “coach de otimismo”. Já me recomendou yoga, vitaminas, leituras diversas, muitas trepadas e todo tipo de coisa que pudesse me levar a uma visão mais positiva da vida, da minha vida.
Pois bem, agora eu posso tentar me esquivar de suas orientações sempre bem intencionadas, dizendo que não sou tão depressivo assim, pois o que eu faço mesmo é humor inglês. Olhaí, meu caro Scant:
Um guia sobre humor britânico para iniciantes
A abordagem única do humor britânico pode parecer desconcertante a princípio. Pesando na autodepreciação, no sarcasmo quase indetectável e no humor seco, o humor da Grã-Bretanha pode parecer um idioma totalmente novo. Mas não tenha medo, reunimos um guia para iniciantes para que você possa entendê-lo (e usá-lo!).
Rir de si mesmo
A chave para entender o humor britânico é saber não se levar muito a sério. O humor padrão é destacar as próprias falhas. Desprezando as falhas a fim de parecer mais humilde, acessível e relacionável. Não há espaço para egos no humor britânico. Encontros constrangedores, falta de jeito e momentos embaraçosos são materiais de autodepreciação bem estabelecidos.
Exemplos: “Eu realmente não sou muito bom em comédia de auto-depreciação". “Parece que me vesti no escuro esta manhã!” “Sou péssimo em cozinhar, poderia queimar água”.
Espere, eles estavam brincando?
Combine a autodepreciação com uma dose de sarcasmo discreto e você terá os principais ingredientes do humor britânico. Sarcasmo e ironia fazem parte do DNA britânico. Eles são produzidos com um timing considerado perfeito e quase sempre com um humor seco que deixa o ouvinte questionando se era realmente uma piada (ou não?).
Pode ser difícil identificar o sarcasmo em um novo idioma e uma nova cultura, e na Grã-Bretanha as pistas habituais são a hipérbole (exagero) e a ênfase excessiva nos adjetivos que são enfatizados ainda menos, dificultando a compreensão. Felizmente, o sarcasmo é usado com tanta frequência no dia-a-dia que, em breve, você será profissional em detectá-lo. Certifique-se de usar o tom, o contexto e as pistas não verbais, como o sorriso orgulhoso que se espalha pelo rosto de quem fala (os britânicos lutam para esconder sua satisfação com um comentário sarcástico perfeitamente cronometrado) como um guia.
Exemplos: “Ah, então você sabe como atender o telefone?” “Adoro quando meu trem está atrasado.” “Gosto muito do quão alto você toca sua música.”
Não leve a sério o que dizemos
Os britânicos são famosos por serem muito, muito educados, mas um sinal infalível de que um britânico gosta de você é se ele o ofender com prazer com comentários ocasionais e espirituosos. Essas não são declarações mesquinhas, mas uma troca fantasiosa de brigas verbais com um rosto sorridente e sem desculpas. Pode ser usado para esclarecer as diferenças com novos amigos, na tentativa de estimular uma conversa.
Um aspecto vital para se dominar o humor britânico é julgar o que as pessoas com quem você está acham engraçado. Um comentário direto nem sempre é apropriado. É tudo uma questão de aprimorar seu humor para se adequar à ocasião e ao local.
Exemplos: “Como você nunca viu Frozen?! O que há de errado com você ?!” “Não posso ser amigo de alguém que não bebe chá!” “Não posso ser visto em público com um torcedor do Manchester United!”
Britânicos encontram humor em quase tudo
Os britânicos usam o humor para aliviar até os momentos mais infelizes. Existem poucos assuntos sobre os quais eles não brincam. Não é usado para chocar ou ofender, mas sim porque os britânicos usam a risada como uma forma de medicamento quando a vida os derruba. O infortúnio e o fracasso são comuns na comédia britânica – desde que as piadas sejam de bom gosto. Na maioria das culturas, há tempo e lugar para o humor. Na Grã-Bretanha, este não é o caso.
Exemplo: “Eu tropecei e caí na frente de todos, mas pelo menos não me envergonhei!”
Apesar da reputação da Grã-Bretanha como um lugar bastante sério, o humor é realmente o cenário padrão do país – estamos sempre procurando melhorar nosso dia com uma pitada de risada.
Pois é. Depois de ler esse texto senti-me muito aliviado, pois descobri que além da minha seriedade e finesse também exibo regularmente meu humor à moda inglesa, fruto talvez da minha educação britânica, como já disse algum dia. Porque, apesar do meu jeito meio rude, minha educação é tão britânica quanto a do príncipe Charles. Na verdade, estudamos em colégios "tipo" gêmeos, só que ele na Inglaterra e eu, no velho e bom Colégio Afonso Arinos.
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Ô GENTE!
Não é raro surgir uma "chamada" na
televisão de canais abertos, uma interrupção da programação normal para divulgação de uma notícia
extraordinária, dizendo "Congresso
Urgente!" ou "Brasília
Urgente!" O dia de hoje merece mais uma “chamada" assim: “Brasília? Ô gente!” Tá bom, o
trocadilho é muito ridículo, mas não mais que os acontecimentos da terra plana (planalto, entendeu?). Só para registro, além de um depoimento cheio de silêncios e mentiras de um coronel na CPI da Covid, uma "tanqueata" no dia da votação da PEC do voto impresso. Meu fígado não aguenta tudo isso!
domingo, 8 de agosto de 2021
DIA DOS FILHOS
Meus filhos têm um nível de inteligência que eu admiro muito. Isso poderia ser conversa de pai indulgente, coruja, mas têm mesmo. Essa inteligência se manifesta de formas diferentes em cada um deles. A criatividade e um senso de humor super apurado e até desconcertante são dois dos pontos em comum. Em um deles a inteligência emocional extravaza, outro tem um QI perto da genialidade e por aí vai.
DIA DO FÃ
Já publiquei est texto antes, mas sinto que preciso republicá-lo (antes tarde que nunca, já dizia o Barrichello).
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
MAIS OLIMPIADAS
A cada quatro
anos, mesmo não tendo perfil de atleta como nosso presidente (morro de inveja!), fico tomado de grande emoção com o início de mais uma versão dos Jogos
Olímpicos da Era Moderna. Aliás, o máximo que consigo ter é pé de atleta, uma
infecção fúngica na pele dos pés causada por um dermatófito, como qualquer
consulta ao Google pode informar.
Como disse, é
fato notório que nosso presidente tem perfil de atleta. Por isso, imagino que
fique babando a cada vitória, a cada medalha conquistada por brasileiros nas
Olimpíadas de Tóquio. Há tantos esportes, tantas provas, tantas modalidades que a bem da verdade a maioria das pessoas desconhece e nem se interessa em conhecer (badminton, por exemplo: existiria uma versão goodminton?).
Talvez por isso, talvez estimulado pela imensa variedade
de esportes em disputa, nosso presidente está ameaçando (“ameaçando”
é apenas figura de linguagem, entendeu?) disputar uma modalidade radical de
esporte que parece atraí-lo muito, um tipo de disputa fora das quatro linhas.
Pelo que entendi,
esse esporte seria uma espécie de sumô invertido (invertido mas hetero), uma
exibição de força bruta. Também é bom que se diga que se não foi inventado pelo
presidente, alguns praticantes dessa modalidade que mais se destacaram no
passado parecem ser seus ídolos. Mas é um esporte muito violento, cheio de
caneladas, dedo no olho, chute na bunda, etc. Talvez por sua característica de
briga de rua, de turma, de gangue, por desconsiderar regras, normas e
regulamentos não foi nem será adotado em nenhuma olimpíada.
Se eu fosse o
presidente nem pensaria em praticar esse esporte, pois a reputação daqueles que
o praticam fica para sempre manchada. Mas acho que ele merece uma medalha olímpica pelo "conjunto da obra", mais condizente com sua idade, uma medalha que honre seu
perfil de atleta, uma medalha de atletismo, na modalidade Revezamento.
Revezamento de ministros, claro.
Por sua obsessão permanente pela adoção do
voto impresso, pelo uso do mimeógrafo a álcool e pela volta do Orkut (ele adora
uma rede social), o Bolsonaro bem que merecia ser condecorado com uma medalha olímpica na
modalidade “Luta contra as urnas
eletrônicas”(afinal, estamos em plena época dos Jogos Olímpicos de Tóquio e
precisamos aproveitar sua visibilidade na mídia). Pensando bem, acho até que
merecia patrocinar a criação de novas disputas, uma espécie de Jogos Olímpicos de TOC. As primeiras que
me ocorreram foram “Tiro no próprio pé”
e “Esgrima com ministros do TSE”. Alguém
aí sugere mais alguma?
terça-feira, 3 de agosto de 2021
AS OLIMPIADAS DE J.B.
Estamos em pleno período das Olimpíadas de Tóquio, evento que provoca as maiores demonstrações prévias de ufanismo por parte do enólogo Galvão Bueno, que previu (ou preferiu acreditar) que o Brasil ganhará 26 medalhas. Tanto otimismo assim só se compara às avaliações iniciais sobre a gravidade da pandemia feitas pelo J.B. ou pelo Osmar (en)Terra (“É só uma gripezinha” ou “A Gripe suína, H1N1, matou 2 pessoas a cada dia no Brasil em 2019. Este número, deve ser maior que as mortes que acontecerão pelo coronavírus aqui.”).
domingo, 1 de agosto de 2021
CUECA
Às vezes eu vejo publicações tão engraçadas
nas redes sociais que sempre achei uma pena deixar que se perdessem na internet sem compartilhá-las
com os amigos do Blogson. Aí resolvi mudar. Esta é a primeira, pois foi muito além do que eu jamais conseguiria imaginar (morri de inveja, pois a realidade ganhou
de sete a um da imaginação).
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Este post serve para divulgar as três obras primas publicadas por este blogueiro na Amazon.com.br . E são primas só pelo parentesco, pois...
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O tema de hoje é meio esquisito pois vou falar de cerveja, logo eu que nem gosto de cerveja! Mas meu papel é só de documentarista. Por iss...
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Esperando que ninguém tenha "fugido para as montanhas", apresento mais uma música fruto da parceria Suno-Jotabê (o compositor se...