quinta-feira, 21 de março de 2019

ME ENGANA QUE EU POSTO!


Um grande estudo feito pela Ipsos Mori (empresa de pesquisa de mercado do Reino Unido) com mais de 19.000 pessoas em 27 países identificou que nos vemos com muita indulgência, pois acreditamos que fake news são coisas que afetam OUTRAS pessoas, mas nem tanto a nós mesmos. Que posso dizer dessa constatação? Me engana que eu posto! Olhaí:

“48% das pessoas nos 27 países dizem que foram enganadas por fake news no passado - que acreditavam que uma notícia era real até descobrirem que era falsa. Os brasileiros são particularmente propensos a concordar com isso, com 62% dizendo que eles acreditaram em uma história falsa em algum momento”.

Ou seja, podemos nos "orgulhar" de estar acima da média mundial!


sábado, 16 de março de 2019

QUANDO A SORTE TE SOLTA UM CISNE NA NOITE - MARCO ANTONIO ARAUJO


Existem frases e expressões que mesmo sendo pouco usuais ou conhecidas ficam gravadas em minha mente. Um delas é o título deste post. A frase “Quando a sorte te solta um cisne na noite” já foi utilizada em dois textos recentes do Blogson. O que talvez ninguém (ou quase ninguém) saiba é que é o título de uma música e de um dos discos gravados por Marco Antonio Araújo.

Marco Antonio Araujo foi um músico da cena artística mineira na década de 1980. Possuía formação em música erudita, tocava violoncelo na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e tinha alma de roqueiro.

Graças a essa mistura, deixou gravados cinco LPs de rock progressivo. Morreu em consequência de um aneurisma cerebral em janeiro de 1986, aos 36 anos. Esta é minha homenagem tardia a ele.



O HOMEM DOS 30 AOS 60 ANOS


Depois de alguns comentários sobre minha rabugice, mau humor e irritabilidade crescente, resolvi pesquisar na internet para ver se encontrava uma explicação para esses novos comportamentos, notados até mesmo por mim. Descobri um texto que me fez rir muito (um riso tipo hiena, manja?), apesar de não ter a faixa etária dos setentinha onde me encontro (talvez fosse melhor dizer "onde me perco" ou "onde me escondo"). Aí resolvi publicar no blog, pois Blogson Crusoe também é cultura (mesmo que seja tipo Almanaque do Biotônico)! Olhaí.

(Artigo extraído do livro Doenças, Conhecer para Prevenir (Ottoni Editora), de autoria do médico Mário Cândido de Oliveira Gomes, falecido aos 77 anos, no dia 6 de junho de 2013.)

O processo de envelhecimento é inexorável. Dos 30 aos 60 anos surgem grandes transformações no organismo do homem. Vejamos o que acontece em relação à pele, cabelo, coração, cérebro, pênis (próstata) e músculos (ossos). 

Aos 30 anos diminui a produção de elastina e colágeno, que são responsáveis pelo viço e tônus da pele, surgindo entradas no cabelo. O coração já começa a sentir os primeiros sinais do fumo, sedentarismo, pressão alta e colesterol. A pressão tolerada para esta idade é de 12/8. A mente está em plena atividade, apesar da perda de um milhão de neurônios. O álcool provoca contração dos vasos, diminuindo o oxigênio no cérebro. A potência sexual atinge o máximo, com duas a três relações por noite, com intervalo de menos de uma hora entre elas. Nesta idade, 30% dos homens sofrem de ejaculação precoce e outros 30% de impotência, que é de fundo psicológico. Com a rotina de exercícios constantes é possível ganhar 15% de massa muscular, todavia, a partir dos 35 anos, pode-se aumentar 3 quilos de peso em cada década, principalmente na barriga. 

Aos 40 anos as rugas (pés-de-galinha) ficam mais visíveis, com 55% de algum tipo de calvície a partir dos 45 anos. A parede das artérias fica mais dura, aumentando a pressão, cuja normalidade é de 120/80. A agilidade de raciocínio não é mais a mesma, levando mais tempo para processar informações. O tendão que liga o pênis ao púbis fica mais frouxo, com diminuição do grau de ereção. Tem início a andropausa, com diminuição na produção de testosterona (1% ao ano) e aumento da próstata. A perda de massa óssea é de 0,3% ao ano, com a projeção dos ombros para frente pela compressão das vértebras. 

Quando o homem atinge os 50 anos de idade surgem as manchas de sol no rosto e corpo, o cabelo fica mais fino e ralo, com perda diária de 70 a 100 fios. A queda no ritmo do metabolismo facilita o acúmulo de gordura, com diminuição da frequência do coração em 15%. O cérebro perde de 30 a 50 mil neurônios por dia, com redução em 20% do tamanho do órgão. A depressão aparece em 10% dos homens. O ângulo de ereção do pênis fica abaixo da horizontal, surgindo causas orgânicas para a impotência, como a pressão alta, diabetes, etc. O gasto menor de calorias (vida sedentária, etc) favorece o acúmulo de gordura no abdome, perda da massa muscular e maior flacidez. Finalmente, o indivíduo chega aos 60 anos. 

Como sexagenário as perdas se acentuam. Assim, é a idade crítica para o câncer de pele. A calvície atinge 70% dos homens, com perda de mais de 100 fios/dia. Além disso, os fios tendem a ficar brancos pela perda da capacidade de produzir pigmentos. O coração fica mais duro, pela redução do número de células e depósito de fibras do colágeno, podendo surgir falta de ar. A pressão boa é de 140/90, aumentando o perigo dos infartos (30%), enquanto o sono diminui e o humor piora. O indivíduo fica rabugento e intransigente. Também ocorre perda da memória em 5% dos homens, com tendência a aumentar com a idade. Nesta idade, 6% dos homens não conseguem ter ereção, e os que conseguem precisam de pelo menos um dia entre as relações. O risco de câncer de próstata é de 7%. A perda de massa óssea é de 5%, com possibilidade de osteoporose em 10% e tendência a sofrer quedas e fraturas. 

Aos 60 anos o indivíduo começa a reduzir de tamanho, com perda de 3 a 5 cm. Nesta idade os especialistas fazem algumas sugestões tais como retirar as pintas irregulares, fazer implante para a calvície avançada, usar medicamentos (estatinas) para o controle do colesterol e da pressão alta, caso o exercício e dieta não funcionem. Em caso de risco de derrames e infartos, tomar uma aspirina (75 mg) por dia, acrescendo fibras e gorduras polinsaturadas para manter o bom colesterol. Ainda, manter o cérebro sempre ativo através da leitura, não abusar do álcool e largar de fumar correndo. A revisão anual da próstata é fundamental (PSA, toque, etc). abusando dos alimentos com pigmento vermelho (Iicopeno), como molho de tomate, melancia e goiaba, que diminuem o risco de tumor. Os medicamentos contra a impotência funcionam e devem ser usados, se não houver contraindicação.

Finalmente, ingerir pastilhas de cálcio, tomar sol por 30 minutos/dia e fazer reposição hormonal, se necessário. Retardar o processo de envelhecimento é uma decisão pessoal. mas viver a vida com qualidade é uma necessidade.


sexta-feira, 15 de março de 2019

POÉTICO, TOCANTE, PROFUNDO



Às vezes a Realidade mostra-se tão áspera que a vontade é colocar óculos ou máscara de realidade virtual e fazer um passeio pelos monumentos do Antigo Egito, pelas ruínas de Machu Picchu, por Florença e outras cidades italianas ou Stonehenge (é, pois sei que pessoalmente nunca irei a nenhum desses lugares magníficos). Tragédias como a recente “Columbine brasileira” causam tanto horror que provocam esse tipo de desejo.

Como tenho tido pouca vontade e inspiração para escrever textos mais longos e elaborados, posto frases isoladas no Facebook que ninguém lê ou curte (parece ser essa a minha sina). E uma delas foi esta:



Mas às vezes “a sorte te solta um cisne na noite”. Alguém, certamente uma pessoa sensível, utilizou um post com aqueles diálogos idiotas que costumo “obrar” para fazer um comentário poético, tocante, profundo. Como ficou deslocado no meio do lixo de minha autoria, resolvi transcrevê-lo como fecho para este post.

Não, não há alívio para quem está de partida
Não se permitem lágrimas para quem deixou essa vida
O morto não chora por si
Não reza pela própria alma despida
Não escreve a lápide onde jaz
Nenhum corpo entende a dor do que vai


quinta-feira, 14 de março de 2019

ENTRE LIVROS E LARANJAS


TÃO SINGULAR!


A ideia do Big Bang sempre me fascinou. E eu creio totalmente nisso. O único defeito é não ter uma explicação para o “antes” da Dona Singularidade. Isso, para um mortal rebelde é uma sacanagem inadmissível. Por isso, resolvi brincar com a ideia do que pode ter existido antes do Big Bang, depois de “cruzado” com o símbolo do Infinito, o "oito” deitado. Obviamente é apenas uma brincadeira visual. Vê aí.


terça-feira, 12 de março de 2019

CHAUVET


Que tal se você tivesse a sorte de encontrar uma caverna que - graças a um deslizamento de rochas - ficou intocada por 20.000 anos? Bacana demais, não?

E se ao conseguir entrar por uma abertura minúscula encontrasse desenhos lindíssimos de animais (alguns já extintos)? Seria maravilhoso, não? E se, algum tempo depois, após testes de datação descobrisse que esses desenhos foram feitos há 36.000 anos e que são os mais antigos já descobertos?

Nesse momento, talvez você voltasse a esse lugar mágico, ficaria olhando silenciosa e reverentemente essas obras de arte (quase em oração, quase em comunhão com os fantásticos artistas de um passado inimaginável) e se esqueceria (ainda que por instantes) da tristeza, da depressão, do aquecimento global, da falta de assunto do blog, das mazelas e misérias do mundo atual. Ou não?
























segunda-feira, 11 de março de 2019

PAREDE DA MEMÓRIA


Aprendi a nadar só com 14 anos de idade. Assim mesmo, graças à insistência de meu irmão mais velho, que se esforçava para nos tirar daquela vidinha de merda e pouco dinheiro que levávamos. Dele também foi a ideia de nos tornarmos sócios da sede “urbana” do Cruzeiro (as novas instalações construídas na região da Pampulha – e onde não tínhamos acesso - eram conhecidas por “sede campestre”).

O “Cruzeirinho” possuía uma piscina de 12,5 x 25 metros, de azulejos quebrados e água frequentemente esverdeada. Longe, muito longe da magnificência da piscina olímpica de 25 x 50 metros do Minas Tênis. A frequência era só de moradores da região e de pessoas da classe média para baixo. E foi esse mundinho de gente remediada que passei a frequentar.  Obviamente, aquilo para mim era o máximo se comparado com o bairro ainda mais humilde onde morávamos.

Eu tinha dezesseis anos quando resolveram ressuscitar a equipe de natação do clube. Um conhecido entrou e nos chamou para participar também. De 1966 a 1968 fiz parte daquela equipe. Mas eu era medíocre e pouco dedicado. Talvez por isso, ninguém exigia muito de mim (fico pensando o que poderia ter acontecido se tivesse sido mais exigido). Foi nesse período que conheci um excelente nadador que tinha o apelido de “Gato”. Era vaidoso, irônico, atlético,  namorava a Neusa (uma nadadora gostosinha e gente fina) e pertencia ao grupo de elite da equipe. Talvez por isso não me dava muita atenção, pois, além de tímido, esquelético e sem namorada,  eu ainda pertencia – suprema desgraça! – ao “lado B” da equipe.

Um dia, cinco dos melhores nadadores começaram a se comportar de maneira estranha. Ficaram mais arredios, conversavam só entre eles e acabaram saindo da equipe. Foi assim que descobri que um gato estava dando tapas na pantera. Ele e os demais.  Depois disso, a vida andou, dois desses cinco jovens morreram em um acidente a caminho de Guarapari, saímos do Cruzeirinho e perdemos contato com os conhecidos e amigos que fizemos naquela piscina.

Ontem, ao acessar o Facebook, a década de 1960 deu as caras e invadiu minha memória, pois tive a atenção voltada para uma foto postada por um dos “amigos" dessa rede para homenagear alguém recentemente falecido. A foto mostrava um rosto levemente familiar e um apelido pouco usual, igual ao do meu conhecido de juventude: "Gato". Perguntado sobre isso, meu "amigo" confirmou que o homem do retrato era o mesmo Gato que eu havia conhecido. Lamentei sua morte e pensei que na minha "parede da memóriahavia agora mais um quadro pendurado. Pequeno, talvez, mas um quadro a mais em um painel que já exibe muitos retratos.

quinta-feira, 7 de março de 2019

NAQUELE TEMPO - AFFONSINHO (GRAVAÇÃO ORIGINAL TAVITO)


Saudade do Tavito e de seu som imaginado!

A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa entender que um amor de verdade
É feito canção, qualquer coisa assim
Que tem seu começo, seu meio e seu fim

A vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção

Que fale de amor
Que faça chorar
Que toque mais forte
Esse meu coração

O Tavito foi um músico mineiro que tangenciou o Clube da Esquina ao fazer parte de uma das bandas de apoio do Milton Nascimento. Só tinha fera: Zé Rodrix e Wagner Tiso nos teclados, Robertinho Silva na bateria, Luisão no baixo, Fredera na guitarra solo e Tavito no violão e guitarra. Nome da banda: Som Imaginário. Separaram-se depois de três discos gravados.

Tavito seguiu carreira solo e gravou alguns discos. Algumas músicas fizeram um puta sucesso e tocaram no rádio até mandar parar, inclusive na voz de outros artistas: Casa no Campo, Começo, Meio e Fim, Naquele Tempo, Rua Ramalhete.


Naquele Tempo” é uma das que mais gosto, mas não é de sua autoria. E é ela que eu resolvi postar no Blogson. Como este blog é mesmo uma zona, escolhi uma releitura feita pelo Affonsinho, outro guitarrista feríssimo (que tocou no Hanói Hanói), justamente por ter visto o Tavito e o Affonsinho cantando essa música no bairro de Santa Tereza, em BH.

E por que eu gosto dessa música? Porque eu me vejo muito nela, que fala de coisas que também aconteceram  comigo. Sabe como é, saudade de mim mesmo...

quarta-feira, 6 de março de 2019

VENTRÍLOQUO


Não adianta torcer para dar certo, pois uma hora é o pai, outra hora são os filhos, todos agindo sem refletir, sem pensar. O Brasil pode até ser uma zona, mas o presidente não deve comportar-se como gerente de puteiro. Onde está o decoro, afinal?



CACOFONIA



Além disso, ainda regougaram, resingaram e estrilaram, na maior cacofonia (porque hoje meus joelhos estão um caco!)

terça-feira, 5 de março de 2019

segunda-feira, 4 de março de 2019

NÃO ME LEVE A MAL, HOJE É CARNAVAL


- Chegou o Carnaval!

- É mesmo, maior porre...

- Você não gosta de carnaval?

- Eu não! Tudo para, só dá gente bêbada vomitando, mijando nos muros, um saco!...

- Pois eu gosto bastante, sempre gostei.

- Olhai o folião da melhor idade! Você ainda pula carnaval?

- Pra ser sincero, nesta altura do campeonato, eu não pulo carnaval, eu arrasto carnaval, entende?

- Noossa!

domingo, 3 de março de 2019

VOLTA BELCHIOR


Foi no início da adolescência que eu comecei a participar das matinês e bailes de Carnaval que aconteciam nos clubes. Era sempre a mesma coisa, ano após ano. Eu era super ultra mega tímido e ficava paralisado nos primeiros dias, mesmo que sempre desejasse encontrar o “amor da minha vida”. Como tinha também o “auxílio luxuoso” da minha silhueta magérrima (IMC=18,9), obviamente não conseguia nada, sempre terminava sozinho. Apesar disso, no último dia era invadido por uma melancolia que vinha da certeza de que “agora, só no ano que vem”, porque eu gostava de Carnaval.

Isso só mudou em 1969, quando conheci minha lynda menina (para mim, ela sempre será minha menina). A partir daí passamos a ir juntos aos bailes, mas, mesmo assim, no último dia ainda dava aquele gostinho (já muito diluído) de “agora, só no ano que vem”.

O tempo passou (muito, muito tempo!), os bailes de clubes estão praticamente extintos e o carnaval de blocos de rua explodiu em Belo Horizonte. Para variar, resolvemos hoje, sábado de Carnaval, sair atrás de um desses, o “Volta Belchior” (criado um ano antes da morte do cantor). Minha mulher, linda como sempre e eu, com minha versão “Seu Madruga” (às vezes confundido com o Belchior graças ao bigodão postiço).

O que sei é que depois de chover pra kawaka, estávamos no meio da muvuca, esperando a saída do bloco. Mas tinha tanta gente, a rua estava tão cheia de foliões “indo Belchior”, “voltando Belchior” ou simplesmente “esperando Belchior”, que logo me ocorreu um pensamento com a sabedoria de Jotabê: “Se ficar parado vai ser encoxado”.



Estava nesse devaneio quando minha mulher começou a conversar com um casal de jovens, logo transformado em trio: Ana Luiza, seu aparente namorado e designer gráfico Bruno Martim e o amigo Bruno, todos simpaticíssimos. E ficamos ali conversando despreocupadamente. Como minha mulher mencionou meu sobrenome obsceno, tive de mostrar minha identidade para eles.

Em determinado momento, a jovem, com a delicadeza que parece ser própria de todas as Anas Luizas, disse que nós éramos “fofos”, mas eu protestei, ao dizer que não era “fofo”, apenas “flácido”. Mais risos e logo depois a despedida. E foi aí, em pleno sábado de Carnaval, que bateu uma melancoliazinha, por saber que provavelmente aquela foi a primeira e última vez em que encontramos aqueles jovens tão simpáticos, amistosos, tão cheios de vida e, de sonhos, muitos sonhos. E tive saudade de um tempo em que eles poderiam ser nossos amigos. Volta Belchior? Que nada! Volta, Juventude, isso sim!

sábado, 2 de março de 2019

ARTIGO 120


Existem frases que são tão repetidas e alteradas que no final das contas ninguém sabe mais sua origem. Uma delas é esta, atribuída a Maquiavel (sabe lá Deus se é dele mesmo!) "Aos amigos os favores, aos inimigos a lei".

Já li em algum lugar uma versão diferente, extremamente “delicada”: “Aos amigos tudo, aos indiferentes a lei e aos inimigos as pauladas”. Até o finado Clodovil entrou nessa: “Clô para os íntimos, dô pra quem eu quiser e vil para os inimigos". Mas também não sei se é dele mesmo ou foi satirizado por alguém (opção mais provável).

Lembrei-me dessas frases ao ler comentários e manifestações raivosas a propósito da autorização dada ao ex-presidente Lula para que pudesse ir ao velório do neto, um coitadinho de sete anos apenas. Uma dessas pessoas foi Eduardo Bolsonaro, um dos filhos trapalhões do presidente, que teria escrito no Twitter.Lula é preso comum e deveria estar num presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado”.

Apesar de odiar o PT e achar o Lula um porre, fiquei estupefato com essa nova idiotice, ainda mais ao descobrir que a ida ao sepultamento é um direito previsto no artigo 120, da Lei de Execução Penal, que estabelece:

SUBSEÇÃO I
Da Permissão de Saída
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;

Bem,  o Lula acabou indo ao velório. Mas, diante da visão rancorosa e sem compaixão que vi nas reders sociais, resolvi “brindar” meus amigos de facebook com esta frase:



MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4