Como disse um arqueólogo-poeta, “Dúbios são os caminhos do fado”. E são mesmo, pois não há como não estranhar o destino “quando a sorte te solta um
cisne na noite”. E esse “cisne” (um belo cisne, diga-se) é um texto sem
título e de autor anônimo que por sorte e por acaso encontrei na internet. Aí resolvi divulgá-lo
para melhorar a qualidade do velho e alquebrado Blogson. Olhaí.
Me
encontre em qualquer lugar que esteja
Na
bruta ferida aberta
Vermelho
vivo
Na
sujeira debaixo das unhas
Dos
tapetes
Ou dos
livros
Resquícios
de epitélio e ais
Me encontre na pele recém-ulcerada
Como
seda rasgada
Ou na
obscuridade de cada desejo
No fio
da faca ou do pelo
No
traçado que me desenha de fluido, sangue e suor
Me encontre
No
barulho das ondas dos seus devaneios
Noutros
lábios guardados por outros cílios (Se puder).
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