O cantor Jamelão morreu em 2008 (olhei na
internet). Não sei precisar a data em que se apresentou em praça pública no
boêmio bairro de Santa Tereza (ninho do Clube da Esquina e Sepultura). Provavelmente
era ano de eleições (e nem preciso dizer mais nada). Já estava velhinho e
intratável, pois não facilitou a vida de quem queria dele se aproximar. Mal
humorado, impaciente e seco, mas a voz fenomenal continuava magnífica. Deve ter
cantado seus maiores sucessos. Eu estava lá, babando, mas não me lembro se
cantou “Folha Morta”, do Ari Barroso.
Provavelmente, sim. Essa música, linda por si só, é irretocável na voz do velho
mangueirense.
Às vezes, quando a barra pesa, a vontade que
dá é ficar deitado na penumbra, coberto até o pescoço por uma colcha leve,
totalmente em silêncio. Ou ouvindo “Folha
Morta”. Olhaí.
Sei que
zombam de mim
Oh
Deus, como sou infeliz
Vivo à
margem da vida
Sem
amparo ou guarida
Oh
Deus, como sou infeliz
(...)
Hoje
sou folha morta
Que a
corrente transporta
Oh
Deus, como sou infeliz, infeliz
Eu
queria um minuto apenas
Pra
mostrar minhas penas
Oh
Deus, como sou infeliz
Que fossa, hein, meu chapa, que fossa...
ResponderExcluirPois é... Provavelmente estou em um processo depressivo, mas não estou nem aí. Estive internado para remoção de um cálculo renal de 1 x 1cm (que não saiu). Por ser uma cirurgia eletiva, talvez meu plano de saúde não autorize. Nesse caso, (não) terei de desembolsar 25 mil para me livrar da pedra. Então, a melancolia nem sempre é fruto de frescura.
ExcluirNem sempre, nem sempre...
ExcluirNão tem jeito de quebrar a tal pedra? Acho que existe hoje um tipo de bombardeio sônico, ou ultrassônico, sei lá, que quebra a pedra sem precisar de cirurgia.
E o antigo, porém, dito muito eficiente, chá daquela plantinha, quebra-pedra.
Jeito tem. O problema é que meu plano de saúde está ruim da pernas. Se ele autorizar a extração, talvez eu tenha que desembolsar R$7.500,00. SE ele não autorizar, R$25.000,00 na veia. Ou SUS, cuja demora é de modestos 12 meses.
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