terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

LINGUAGEM DE SINAIS


Nos últimos anos surgiram duas novas igrejas no Brasil. Embora tenham seus próprios gurus, não são religiões tal como as conhecemos. Mesmo assim, por serem diametralmente diferentes, lembram muito os católicos e huguenotes franceses ou seus equivalentes irlandeses, pois cada um quer comer o fígado do outro. O que têm em comum é a idolatria irracional que devotam a seus messias, pois enxergam neles salvadores infalíveis. Vamos chamá-los de “bolsonaristas” e “lulistas”.

Mas eu não sou bolsonarista (nem lulista). Para ser sincero, acho um pé no saco os fieis mais exaltados (estimados em 90% de cada “congregação”), pois acredito que não precisamos de novos mitos, precisamos da Realidade, precisamos de pessoas reais.

Como tenho especial antipatia pelos lulistas, tenho mais amigos bolsonaristas. E os que conheço são pessoas tranquilas e gentis. Isso, claro, até alguém fazer uma crítica ao seu Messias ou à sua família. Aí, meu amigo, agem como se a unha encravada do dedinho do pé direito tivesse sido pisada. Ou se alguém tivesse citado suas mães de forma pouco elogiosa. Nesse caso, reagem colericamente ao sair em defesa de seu ídolo. E tentam, sem perceber, transformar o Mito da Direita na mesma coisa em que Lula (o “messias” da outra igreja) tentou se transformar à Esquerda, ou seja, em mito.

Por isso, só para sacanear, resolvi comparar os tipos de cumprimento usados por diferentes tribos urbanas com as saudações que poderiam ser utilizadas em larga escala nas novas igrejas. A esses "novos" gestos eu chamaria de “cumprimentos nos tempos da cólera”. Olhaí. 


E a essas novas igrejas e seus fieis radicais e chatos pra caramba, capazes de me deixar verde de vergonha ou vermelho de raiva, meu comentário final:



6 comentários:

  1. Ora, ora... você está se revelando um belo dum ateu radical...

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    1. Até eu? Não, obrigado. Talvez eu seja um "ateu" em relação a essas duas igrejas ou religiões, pois sou radicalmente contrário a todo tipo de radicalismo (boa essa!). Ou seja, eu sou é de centro (mas não do Centrão) ou, no máximo, centro-direita. Como disse meu filho, talvez eu seja apenas um anarquista.

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  2. Hay gobierno? Soy contra!
    O anarquismo - e não a baderna, pela qual costuma ser tomado - é uma boa opção, uma sociedade sem um governo centralizado; mas não acredito que o ser humano tenha atingido - ou mesmo venha a atingir um dia - um nível de consciência para andar na linha sozinho, sem ser tutelado por um Estado e ,sobretudo, vigiado. Mas também simpatizo com alguma ideias anarquistas.

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    1. Talvez não seja tão simples assim, pois nada sei dos anarquistas históricos. O que me deixa puto é a certeza da verdade absoluta, a "SIDA - SÍndrome da Divindade Adquirida" (criação minha). Como eu não tenho certeza de nada, incomodam-me os reis da cocada. Antes, os petistas; hoje, os bolsonaristas. Não sou contra nenhum governo, pois fui criado para ser bem mandado (e não consegui me libertar completamente). Sou contra a burrice, a caretice, o moralismo, o ufanismo, o patriotismo exacerbado, etc. Sou do bem.

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    2. "Sou contra a burrice, a caretice, o moralismo, o ufanismo, o patriotismo exacerbado, etc"
      Ou seja, é contra todo e qualquer governo!!!

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