Sempre vi com desconfiança os "filmes de arte", justamente por não entender porra nenhuma. Imagens distorcidas, longos silêncios, closes de olhos ou até mesmo do dedão do pé, sei lá. Mas decidi mudar isso, pois achei uma página na internet sobre cinema, onde se fala de enquadramento, ângulos, posições de câmera, etc. Por isso, com uma câmera na cabeça e uma ideia de jerico na mão, resolvi escrever o roteiro de um curta metragem inspirado no neo-realismo italiano (não faço a menor ideia do que isso significa, pois só gostei da expressão). Enquadra aí.
A imagem começa desfocada e vai ficando mais nítida, quando se tornam visíveis os poros e a penugem de uma pele ligeiramente oleosa. A câmera está focada na testa de alguém (plano detalhe). Ouve-se o som de uma respiração profunda. Um suspiro marca uma abertura maior da imagem. Vê-se agora o rosto de um homem olhando fixamente para a lente com uma expressão de muita tristeza e desalento (big close frontal). E começa um monólogo em voz baixa e suave, quase sussurrante:
A imagem começa desfocada e vai ficando mais nítida, quando se tornam visíveis os poros e a penugem de uma pele ligeiramente oleosa. A câmera está focada na testa de alguém (plano detalhe). Ouve-se o som de uma respiração profunda. Um suspiro marca uma abertura maior da imagem. Vê-se agora o rosto de um homem olhando fixamente para a lente com uma expressão de muita tristeza e desalento (big close frontal). E começa um monólogo em voz baixa e suave, quase sussurrante:
- Se eu imaginasse que nunca mais ouviria sua voz...
- Se pensasse que nunca mais te olharia nos
olhos...
- Se eu soubesse que nunca mais te veria...
- Ah, se eu soubesse...
Um profundo suspiro marca o recuo da câmera,
que mostra agora o homem a partir dos joelhos (plano americano frontal), focalizado de
cima para baixo (câmera alta). O rosto agora mostra uma expressão de ódio, o olhar
fixado na lente. O monólogo continua, com a voz se elevando um pouco a cada frase:
- Se eu soubesse disso, eu diria o quanto te odiava, seu escroto!
- Eu diria sentir um profundo desprezo por você e seu
ar de superioridade, seu baixinho de merda!
- Eu exibiria todo o meu ódio e desprezo por
seu risinho cínico e ameaçador, por sua insensibilidade.
- Porque você, seu bosta, foi o principal responsável
pelos pesadelos recorrentes que tenho até hoje e que me fazem acordar de madrugada, com a boca seca e uma tristeza imensa.
-Eu odiei trabalhar com você, odiei cada dia que tive de cumprir suas ordens idiotas, mas eu tinha família para sustentar, filhos ainda na escola e medo de perder o emprego!
-Eu odiei trabalhar com você, odiei cada dia que tive de cumprir suas ordens idiotas, mas eu tinha família para sustentar, filhos ainda na escola e medo de perder o emprego!
- Se eu pudesse – ah,
se eu pudesse! – eu te mandaria à puta que pariu, mandaria você enfiar aquele emprego idiota no olho do seu cu, seu viado!
(a câmera vai se afastando lentamente, ficando cada vez mais alta)
- Por que você morreu antes de ouvir isso, seu grande merda?
- FILHO DA PUTAAAA!!!!!
A câmera continua se afastando cada vez mais, até o homem sumir. Na tela aparece a palavra "FIM". Ao final dos créditos, surge a frase:
"Este filme é dedicado aos três chefes que mais odiei na vida. E ainda odeio".
"Este filme é dedicado aos três chefes que mais odiei na vida. E ainda odeio".
Muito bom!
ResponderExcluirObrigado! Apareça mais. 1900 posts estão à sua disposição.
Excluirestou escrevendo um post, mas vou adaptar aqui uma das ideias
ResponderExcluircompre um saco de pancadas, cole uma foto do seu inimigo (ou não cole) e bata no saco como se tivesse batendo nele
pode parecer piada, mas tem psicólogo que usa técnica semelhante para dar alívio psicológico
falei sério, compra logo a porcaria do saco, hahahahahah
abs!
Ahahah!!!! Já teve um aqui em casa, mas era de um dos filhos. Boa ideia!
Excluir