Será que leem as respostas que dou aos
comentários que fazem no blog? É com esta pergunta que começo este texto.
Quando resolvi publicar 14 e-books com
material copiado do blog eu estava alimentando minha vaidade congênita,
carência afetiva idem e ansiedade nível hard ibidem. Mas, como disse, não
extraí nada, não excluí, não retirei nenhum post publicado, apenas copiei o que me pareceu
interessante. E esta é a situação: tudo o que publiquei no Blogson continua lá,
seja bom ou ruim. E quem quiser brincar de arqueólogo é só escavar o passado
(isso ficou muito ridículo!). Os 14 e-books são resultado de uma seleção
apressada e condescendente.
Passado um tempo, comecei a pensar na
estupidez cometida, pois se escrevi coisas que até eu acho legais, também é
verdade que a maioria é de baixa qualidade ou ruim. E isso começou a apertar o calo, pois a seleção feita para os 14
livros tentou separar não o joio do trigo, mas o joio do joio mesmo.
Por isso, resolvi reduzir a mediocridade
publicada fazendo nova seleção, desta vez tentando extrair o pior do menos
pior, ou seja, “desmatando” a tranqueira contida nos quatorze livros e
publicando novos e-books com o que imaginei não me envergonhar tanto.
A tarefa continua em andamento, pois ainda
preciso selecionar o que será publicado nos dois últimos volumes dos sete
previstos. A seleção do livro de “humor” foi concluída e posso dizer que ri
muito de alguns textos selecionados – que me causaram uma sensação estranha capaz
de me levar a perguntar intimamente se fui eu mesmo que fiz, tal a aridez atual
da minha mente.
Os dois últimos trarão contos, crônicas, lembranças
pitorescas ou surpreendentes de pessoas que conheci, talvez um pouco de mim
mesmo e algumas reflexões menos rasteiras e descartáveis. Creio que serão eles
que mais me darão trabalho, porque ao longo de onze anos fui mudando minha
forma de pensar e ver o mundo.
E um último comentário (totalmente desvinculado do texto acima): há tempos, quando ainda
nem tinha ficado sabendo da possibilidade de publicar e-books gratuitos na
Amazon, imprimi a historinha “Fiat Lux!”, para ver como ficaria. Ontem, nossas netas
de sete anos vieram nos visitar. Conversando com meu filho sobre livros e
revistas guardados aqui em casa, acabei achando a revistinha, verdadeiro
fanzine, e dei para ele. Hoje recebi um zap com a foto das meninas lendo a HQ,
com a transcrição do comentário da Cacá: “Isso
é hilário!” Achei engraçado, mas disse que não é uma HQ infantil, pela
insinuação – ainda que distante – de sexo entre o proto-casal “vívlico”, e ele
disse que estava tudo bem (“Mas elas
adoraram, e as q elas entendem algo riem muito”). Se é assim, acho que vou fazer
umas HQs infantis hardcore!
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