quinta-feira, 18 de novembro de 2021

REDAÇÃO DO ENEM

 
Por não conhecer nada do assunto, confesso que me sinto um pouco constrangido para comentar as notícias recentes sobre o Enem, o Inep e seu inepto presidente, etc. Mas essa é a sina do Blogson – meter o bedelho onde não é chamado e dar palpite sobre o que não entende. E só resolvi enfiar minha colher de pau nessa sopa por causa de uma frase de meu ídolo Bozonaro.
 
Antes de prosseguir, deixo aqui uma pergunta: que porra é essa de “meter o bedelho”? Afinal, este é um blog totalmente família, tradição e prosperidade, vacinado e vigilante contra todo tipo de saliências que possam rondá-lo.
 
Maas, voltando ao princípio (da capo), a frase que me empolgou foi esta: “começam a ter a cara do governo as questões da prova do Enem”. Pataquipareu! Ao ficar sabendo disso, corri à cozinha para tomar um pouco de antiácido. Para ser sincero, se o Lula dissesse algo parecido minha reação seria a mesma. Que “cara do governo”, caramba? Teremos questões sobre terra plana, tratamento precoce e imunidade de rebanho? Espero que não. Aliás, estou pouco me lixando para o Enem, pois minhas netinhas mais velhas têm apenas três anos. E nem sonham com o Enem (não resisti ao jogo de palavras!).
 
Minha formação é da área de Exatas, mais precisamente da Engenharia (pensando bem, engenharia não é exatamente um conjunto de ciências exatas, pois pode acontecer de dois mais dois serem igual a cinco). Por isso, só uma coisa me preocupa: já disse outras vezes que meu sonho seria ver que o país tem agora um ensino padrão Cingapura, etc. Assim, fico me perguntando se o Enem mede o conhecimento de ciências exatas e biológicas. Sabe como é, né?
 
Tenho quase total certeza de que os coordenadores e formuladores das políticas educacionais do Brasil são da área de Humanas e provavelmente mais interessados na formação e estímulo ao “pensamento crítico” e que tais. Sinceramente, sou totalmente a favor disso, mas onde entra o conhecimento técnico que leva às novas descobertas e novas pesquisas?
 
Por isso, deixo minha sugestão para o tema de uma futura prova de redação: “Por que nós nunca ganhamos um Prêmio Nobel?”

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