O coronavírus SARS-CoV-2,
aquele amigão do nosso presidente, é chegado a uma mutação. Não chega a sofrer
uma transmutação, aquela que converteu água em vinho fino, mas gosta de se
reinventar. Como todos os negacionistas e anti-vacina sabem, a mamoninha
assassina original gerou a variante Alfa, surgida no Reino Unido. Na sequência,
foi identificada na África do Sul a variante Beta, no Brasil a variante Gama
(obrigado pelo incentivo, Jair!) e, pouco depois a variante Delta, surgida na
Índia.
Quando todo mundo já respirava aliviado, pensando na queima
de fogos (e roscas) da passagem de ano, no desfile das escolas campeãs, nos
shows de Gusttavo Lima ou Thiaguinho, enfim, nas oportunidades de enfiar os pés
nas jacas (uma em cada pé), eis que surge na África do Sul (de novo!) a variante
Ômicron, levando países e governos a planejar novos isolamentos, a fechar as fronteiras
para passageiros vindos de países onde já foram identificados casos de
contaminação com essa variante, a exigir cartão
de vacina de quem chega de outros países, a exigir o uso de máscara, etc.
Mas nosso presidente não
concorda com isso. Do alto de seu conhecimento técnico sobre o assunto e do bom
senso que exibiu ao longo da pandemia, “reconheceu que uma nova onda está chegando, mas descartou
a possibilidade de fechar aeroportos para tentar reduzir o contágio.
‘Tem que aprender a conviver com o vírus’, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
‘Não vai vedar, rapaz. Que loucura é essa? Fechou o aeroporto, o vírus não entra? Já está aqui dentro’, declarou Bolsonaro a um simpatizante, ao ser questionado sobre a chance de restringir a entrada de estrangeiros no País.
O apoiador citou a quarta onda de covid-19 na Europa, mas o presidente minimizou. ‘Você está vendo muito a Globo’”.
Tenho ou não tenho razão quando digo que o Jair é amigão do coronavírus? Porque, se depender do Cavalão e pelo andar da carruagem, daqui a pouco as autoridades internacionais de saúde precisarão recorrer ao alfabeto maia ou asteca para nomear a enésima variante que surgir.
‘Tem que aprender a conviver com o vírus’, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
‘Não vai vedar, rapaz. Que loucura é essa? Fechou o aeroporto, o vírus não entra? Já está aqui dentro’, declarou Bolsonaro a um simpatizante, ao ser questionado sobre a chance de restringir a entrada de estrangeiros no País.
O apoiador citou a quarta onda de covid-19 na Europa, mas o presidente minimizou. ‘Você está vendo muito a Globo’”.
Tenho ou não tenho razão quando digo que o Jair é amigão do coronavírus? Porque, se depender do Cavalão e pelo andar da carruagem, daqui a pouco as autoridades internacionais de saúde precisarão recorrer ao alfabeto maia ou asteca para nomear a enésima variante que surgir.
Pois é, o povão tá doido pra queimar fogos e a rosca... muito bem sacado.
ResponderExcluirEnquanto países da Europa retomam medidas de restrição, o Brasil libera o carnaval. Nesse caso, os governadores dos estados mais carnavalescos têm mais culpa que o Bolsonaro, o que não é pouca coisa.
Infelizmente, não é só o Cavalão que é amigo do vírus chinês; o brasileiro em geral o é. Cordial e hospitaleiro que só ele, o zé povinho abraça o corona.
Conhece a história do crachá? Os melhores anos de minha vida profissional eu passei em uma excelente construtora de médio-grande porte. Ela ocupava um prédio de seis andares. Um dia, em nome da segurança, resolveram adotar o uso de crachás para funcionários e visitantes. Os crachá dos visitantes tinha uma cor diferente daqueles que deveriam ser usados pelos funcionários. Até aí, tudo bem, mas se esqueceram de “combinar com os russos”, pois nenhum diretor se animou a usar crachá. Sem o exemplo vindo de cima (do sexto andar, literalmente) não passou muito tempo para que ninguém mais usasse o crachá. O que eu quero dizer com isso é que o exemplo vindo do expoente máximo do Poder Executivo determina e influencia demais o comportamento da patuleia, da plebe rude e nem tanto assim, do gado, dos idiotas. Por isso, mesmo que alguns governadores precisando de grana possam estar do lado do Messias, a responsabilidade principal será sempre dele, como acontece desde o início da pandemia.
ExcluirEntendo e concordo que ele, independente do que acredita, deveria, sim, dar o bom exemplo. Por outro lado, eu continuo insistindo na minha tese de que Bolsonaro não é a causa da falta de educação, disciplina etc do brasileiro; é o efeito dela, é o seu reflexo fidedigno.
ExcluirVocê não imagina como estão as salas de aula depois dessa pandemia. O 1% de noção de civilidade que alguns ainda tinham foi totalmente perdida. Tanto que eu estava com uma licença´prêmio vencida desde 2012 e nunca tinha usufruído dela. Pois peguei um mês. Volto no dia 07, quando, espero, não haja mais "alunos" na escola.
Bolsonaro não cavou esse poço cujo fundo nunca chega. Só se valeu dele. Só se elegeu graças a ele.
"Enquanto países da Europa retomam medidas de restrição, o Brasil libera o carnaval. " sem querer defender o presidente, realmente faz diferença?
Excluirenquanto os paises da europa são do tamanho do RJ ou de SP, o Brasil é quase do tamanho da europa inteira
"A ampla área territorial do Brasil faz com que o país seja considerado “de dimensões continentais”, sendo quase do mesmo tamanho da Oceania (8.525.989 km²) e um pouco menor do que toda a Europa (10.180.000 km²)." (vide google)
vale ainda lembrar de nossos portos (com marinheiros internacionais infectados) e nossas fronteiras terrestres (cheias de hermanos infectados)
pessoal, não tem como fechar nossas fronteiras e basta um único infectado pra liberar essa doença para centenas
ainda tem o fato de que o virus produz suas mutações espontaneamente.
esse "apocalipse zumbi" é inevitável
Foda foi a notícia de que desembarcou em Guarulhos (se não me engano) um brasileiro vindo da África do Sul e ele está com Covid. Se for a nova versão, já viu, né? Como diriam nossos vizinhos de continente, estámos jodidos. E fica ainda melhor ao contarmos com o desprezo e o descaso de Mr. President.
ExcluirDe fato, Scant... nada do que se fizer (ou não) no Brasil poderá ter um efeito positivo. Nada. Não importando, inclusive, quem esteja no governo. Governantes podem ser trocados, mas não dá para trocar o povo que temos. É onde toda e qualquer medida, em qualquer âmbito, esbarra e empaca.
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