Pouco mais de um mês depois da criação do Blogson, publiquei o primeiro post ironizando o PT e a turma do Mensalão ("Você sabe o que é hashtag?"). Depois disso, critiquei, ironizei, reclamei e fiz piadas infames com e sobre o Lula e sua turma, o Temer e, agora, com o Bolsonaro e sua tchurma. Ou seja, não idolatro ninguém nem nenhum partido, mas sinto-me cada vez mais de centro-direita, moderadão (ou "morno"). Por isso, repudio visões e atitudes extremadas, pouco me importando se são de esquerda ou direita. Meu amigo virtual Marreta comentou que eu seria um "anarquista". Talvez seja, mas não sentido histórico, apenas para divertir-me e (tentar) divertir os 2,3 leitores deste blog agonizante. E na época atual os personagens principais são pessoas com bastante descontrole verbal (para dizer o mínimo), gente muito esquisita. Daí...
Segundo o dicionário Houaiss, aforismo pode ser definido assim:
“Máxima
ou sentença que, em poucas palavras, explicita regra ou princípio de alcance
moral”.
Encontrei na internet este texto: “Os aforismos caracterizam-se,
sobretudo, pela brevidade e precisão. São concisos e taxativos, apresentam um
discurso quase sempre doutrinador, conciliando literatura e filosofia.
Aproximam-se, conforme definição do dicionário, dos provérbios populares, pois
contêm máximas capazes de traduzir amplos e complexos conceitos por meio de
pequenas sentenças”.
Parece que na França do século XVIII era moda
as pessoas cultas se dedicarem à criação de aforismos, prova de brilho intelectual, inteligência e de vivacidade de espírito, mas não consigo me
lembrar onde li sobre isso. Infelizmente, mesmo que ande com a cabeça na(s) nuvem(ns), meu cérebro está cada vez mais distante de um computador, pois em vez
de bancos de memória, o que mais existe hoje são brancos de memória (essa piadinha foi razoável). “Deve ser
da idade”...
Eu gosto muito de (tentar) construir essas
frases e “textículos” só para colocá-los em destaque no Facebook (e depois exportá-los
para o Blogson). Claro está que não passo nem perto da elegância de exemplos
como estes:
“A vida é breve, a velhice é longa”
(desconhecido).
“A tradição é cultuada pelos que não sabem
renová-la”. (Carlos Drummond de Andrade)
Ultimamente, graças a nosso atual presidente e sua equipe, surgiu novo estilo de aforismo, que eu chamaria de “daforismo”.
Ultimamente, graças a nosso atual presidente e sua equipe, surgiu novo estilo de aforismo, que eu chamaria de “daforismo”.
Sem sacanagem, é tanta declaração desnecessária, tanta
bola fora, tanta pisada no tomate, tanto tiro no próprio pé (nada como uma
sucessão de clichês, não é mesmo?), que só podem ser classificadas como
daforismos as frases e falas divulgadas por esse pessoal.
Exemplo de daforismo:
“O
Estado é laico, mas eu sou cristão” (Jair Bolsonaro)
Que se pode dizer sobre isso? “Que ótimo! Então, vá à missa ou - culto - de sábado ou domingo, mas de segunda a sexta seja apenas presidente!”.
Este também é ótimo:
“Não
está na hora de o Supremo ter um ministro evangélico?” (Jair Bolsonaro).
A resposta mais correta seria “O que o cu tem a ver com as calças?”, mas pode-se também dizer "Não precisa", pois basta ir a alguma igreja evangélica (coisa que o “católico” Messias adora fazer), pois lá está "assim” de ministros evangélicos.
Mais exemplos de daforismo:
"“Menino veste azul, menina veste rosa” (Damares Alves)
(me esqueci de dizer que tudo o que o astrólogo diz é vazio, vulgar ou sem importância).
A resposta mais correta seria “O que o cu tem a ver com as calças?”, mas pode-se também dizer "Não precisa", pois basta ir a alguma igreja evangélica (coisa que o “católico” Messias adora fazer), pois lá está "assim” de ministros evangélicos.
Mais exemplos de daforismo:
"“Menino veste azul, menina veste rosa” (Damares Alves)
Mesmo não fazendo parte do atual governo, o astrólogo Olavo de Carvalho exerce grande influência sobre alguns de seus membros e parentes do presidente. Seria uma espécie de Rasputin verde-amarelo. Por isso, o que diz merece algum destaque.
Como nessa vez:
Como nessa vez:
"
" (Olavo de Carvalho)
(me esqueci de dizer que tudo o que o astrólogo diz é vazio, vulgar ou sem importância).
Em compensação, disse também:
"#&%#ди $%@воз@&$!!!" (Olavo de Carvalho)
Resumindo, ele só é bom em uma versão hardcore do daforismo - que eu chamaria de "desaforismo".
Resumindo, ele só é bom em uma versão hardcore do daforismo - que eu chamaria de "desaforismo".
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