Eu já tinha programado para a próxima sexta-feira (amanhã) um post com algumas piadinhas estilão Jotabê. Infelizmente, fui atropelado pelo
noticiário político nacional. Aí não consegui resistir. Por isso, troquei o
post original por este (que está meio capenga) e antecipei para hoje,
quinta-feira, sua divulgação. Rir é sempre muito bom, mas tem horas em que a boca seca. Aí, fica difícil. Vamos lá:
A sensação que eu tive ao final do julgamento
do Mensalão, quando seus autores intelectuais receberam penas inferiores às dos
chamados “operadores do esquema”,
verdadeiros “paus mandados” dos
políticos envolvidos (e também dos não envolvidos) pode ser simbolizada nesta
frase: “segura na brocha aí, que eu vou
tirar a escada”.
Nessa época – que coincidiu com a mudança (com família e tudo) de um conhecido para o Canadá – fiz até esse comentário idiota: comparando-se as penas aplicadas para um mesmo crime, se aqui não acontece nada ou quase nada, ao norte dos EUA, pelo menos, cana dá (trocadilho muito ruim, né?).
Como não estava defendendo o Marcos Valério (que recebeu a pena que merecia), apenas lamentava a pena mega-branda que os arquitetos do mensalão receberam.
Mas hoje, o que era ruim conseguiu piorar um pouco: ler a notícia da extinção da pena do “Zezim Genu” me deixou putíssimo, pois o sujeito foi beneficiado duas vezes – primeiro, recebendo uma pena desproporcional à sua participação e, por conta dessa peninha, ganhar o presente de vê-la agora extinta.
Como não estava defendendo o Marcos Valério (que recebeu a pena que merecia), apenas lamentava a pena mega-branda que os arquitetos do mensalão receberam.
Mas hoje, o que era ruim conseguiu piorar um pouco: ler a notícia da extinção da pena do “Zezim Genu” me deixou putíssimo, pois o sujeito foi beneficiado duas vezes – primeiro, recebendo uma pena desproporcional à sua participação e, por conta dessa peninha, ganhar o presente de vê-la agora extinta.
Como não sou jurista, não posso discutir a
decisão unânime do STF de extinguir a pena do petista com base no tal “Indulto
de Natal”. Apenas lembro outra frase, dita por
São Paulo em sua Carta aos Coríntios:
“Tudo me é permitido, mas nem tudo me
convém”.
É por isso que, às vezes, depois de tomar
conhecimento de uma noticia como essa, bate uma vontade danada de morar em
outro país, de mudar desse "lixo
ocidental", como cantou um dia o Milton Nascimento (música “Para Lennon e McCartney”).
Na minha idade isso já não faz mais sentido,
mas invejo esse amigo de um de meus filhos que se mudou para o
Canadá. Eu, se fosse ele, nunca mais voltaria para cá, a não ser a passeio
e, assim mesmo, só depois de tomar vacina contra doenças tropicais.
Porque, sinceramente, dá para sentir até nojo de morar nesta "Terra de Santa Cruz", com tanta esculhambação, infelizmente provocada pelos “esculhambadores”
que nós mesmos (o povo brasileiro) elegemos. Filhos da puta!
Em uma entrevista, o Millor Fernandes disse o seguinte (a propósito do Mensalão, mas poderia também servir para o Petrolão): "Que país maravilhoso é esse Brasil, que acontece essa esculhambação homérica e até agora não tem ninguém preso... Os contestados, os ameaçados, todos falam de dedo em riste!"
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