Já que meu santo nome foi citado em um post
do poderoso Marretão, sinto-me impelido a responder. Como não sou tão bobo
quanto demonstro ser, resolvi transformar a resposta em post também. Essa
situação lembra remotamente a polêmica Noel Rosa versus Wilson Batista, que
rendeu fantásticos sambas. A diferença é que Jotabê não quer polêmica (prefere polenta), não compõe (só decompõe)
nem é poeta, apenas poeteiro (ou punheteiro).
Mas, antes de continuar, preciso dizer que a resposta
do Marreta apenas adiou a materialização de um pensamento pré-existente aos
posts do Azarão, ideia que tem-me perseguido ultimamente.
Você fala em tomar uma cerveja comigo mesmo
que seja “uma sem álcool”. Talvez seja mais viável você tomar um leite com Toddy
e cachaça. Quanto ao vômito na roupa, todos já fizemos isso na juventude. Eu
piorei essa experiência ao dormir em cima, totalmente de porre.
O que eu quis dizer é que você vem vindo com ótimas imagens (como o excelente poema “Garça no Esgoto”). De repente, é como se desse um estalo em sua cabeça e você pensa que ainda não disse um palavrão nem fez uma referência explícita a algum tipo de prática sexual. E aí, do nada, você saca uns dois ou três e aplica nos versos finais. E fica estranho.
O que eu quis dizer é que você vem vindo com ótimas imagens (como o excelente poema “Garça no Esgoto”). De repente, é como se desse um estalo em sua cabeça e você pensa que ainda não disse um palavrão nem fez uma referência explícita a algum tipo de prática sexual. E aí, do nada, você saca uns dois ou três e aplica nos versos finais. E fica estranho.
Com relação aos palavrões, você nunca me
ouviu (nem ouvirá) conversando com pessoas mais simples! Eu falo tanto palavrão
que até eu mesmo me assusto. A diferença é que eles são ditos sem nenhuma
conotação sexual.
Tratando-se de poesia, o que eu curto são as imagens
e sacadas geniais, é o lirismo contido em um poema, mesmo que seja a história de
uma tragédia. O que me incomoda não é um bode no curral ou aprisco (bom nome esse!), mas na sala.
Para finalizar, lembro apenas que tive uma infância
de criança pobre, frequentemente exposta à riqueza despreocupada de meus primos
endinheirados. Uma criança que literalmente já rolou na lama de um buraco
aberto em forma de tronco de pirâmide, executado a título de “piscina” (enquanto isso, meus
primos brincavam nas praias cariocas).
Talvez por isso a “periferia” não me atraia, pois eu sei como é. Como disse o filósofo Joãozinho Trinta, “Quem gosta de miséria é intelectual. Pobre gosta de luxo.” E eu não sou intelectual. Evidentemente, isso é apenas uma metáfora para dizer do meu desapreço ou falta de interesse pela "poesia sórdida".
Talvez por isso a “periferia” não me atraia, pois eu sei como é. Como disse o filósofo Joãozinho Trinta, “Quem gosta de miséria é intelectual. Pobre gosta de luxo.” E eu não sou intelectual. Evidentemente, isso é apenas uma metáfora para dizer do meu desapreço ou falta de interesse pela "poesia sórdida".
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