Este é o último post publicado no Linguiça no Fumeiro (cronologicamente falando, pois só Deus sabe o que acontecerá com o primo pobre do blog da solidão ampliada). É um texto meio "joãobatistado", pois anuncia a volta do Blogson Crusoe.
Eu iria postar um texto idiotinha que me ocorreu outro dia, mas resolvi deixar para outra ocasião, pois assuntos mais urgentes precisavam ser abordados. Na madrugada de hoje, lá pelas três ou quatro da matina, acordei pensando no Blogson. Talvez tenha sido influenciado pela postagem "post-mortem" feita pelo Marreta. Sinceramente, achei bacanérrimo seu desejo de falar do Raulzito depois de anunciar o fim do blog.
Eu iria postar um texto idiotinha que me ocorreu outro dia, mas resolvi deixar para outra ocasião, pois assuntos mais urgentes precisavam ser abordados. Na madrugada de hoje, lá pelas três ou quatro da matina, acordei pensando no Blogson. Talvez tenha sido influenciado pela postagem "post-mortem" feita pelo Marreta. Sinceramente, achei bacanérrimo seu desejo de falar do Raulzito depois de anunciar o fim do blog.
Por isso, fiquei viajando sobre o significado para mim dos blogs que criei e alimentei. E cheguei à conclusão que a maior burrice foi escrever a "crônica da morte anunciada" como fiz no Blogson em duas ocasiões. A primeira teve o efeito de criarem para mim um perfil no Facebook. A segunda me fez criar o Lingüiça no Fumeiro. Isso só serviu para mostrar minha personalidade oscilante e instável. Tão oscilante e instável quanto nosso presidente. Só que, ao contrário dele, não preciso ter comportamento condizente com a "liturgia" que seu cargo exige, pois nem tenho cargo nenhum. Na verdade, apesar dos meus 69 anos, pareço mais um adolescente inseguro, imaturo e problemático.
Justamente por isso grande parte dos meus posts é confessional, autobiográfica, como se estivesse fazendo terapia. Pensando nessas coisas todas, cheguei à conclusão de que um blog (ou canal no Youtube ou perfil no Instagram, Facebook ou o que quer que seja) só "morre" efetivamente por desinteresse explícito de seu criador, nunca por falta de criatividade, de assunto ou de leitores.
Ao anunciar o fim do Blogson eu apenas sinalizei estar decepcionado com minha falta de assunto e receptividade dos posts mais recentes. Resumindo, eutanásia não se aplica a meios de comunicação. A título de exemplo, conheço três blogs que simplesmente deixaram de ser alimentados, sem aviso prévio, sem posts explicativos, sem alarde. Um deles é o excelente "O Elemento Jota".
Por tudo isso, agora sem medo de ser feliz, ou melhor, de ser ridicularizado, resolvi migrar os posts que saíram no Lingüiça para o Blogson, pois é lá, no blog da solidão ampliada, que me encontro mais e onde me sinto melhor. Mas espero nunca mais anunciar a morte (a terceira!) do Blogson. Um dia - e esse dia chegará - o blog morrerá definitivamente, seja por desinteresse total, por doença ou morte do blogueiro (como cantaram os tropicalistas, "de susto, de bala ou vício"). Até lá, seja o que Deus quiser. Jotabê bancará o Orfeu resgatando o Blogson do reino dos mortos (Eu ri disso) e o Lingüiça continuará por aí, sem lenço e sem documento.
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