Pensei que já tinha contado esse caso aqui no
Blogson, mas, aparentemente, ficou esquecido por aí. A história é a seguinte: um dia, fomos a uma festa na casa de meu
cunhado mais velho. Nessa época eu ainda bebia cerveja (super moderadamente).
Papo vai, papo vem, o assunto “cachaça” surgiu na roda. Meu cunhado, vaidoso
como quem deseja exibir o filhinho prodígio para as visitas, comentou que tinha
(tem) um armário só com marcas famosas, que tinha ganho durante suas muitas viagens
pelo interior do estado.
Comentei ter lido uma matéria sobre o
fabricante da mais famosa e mais cara cachaça do país, a “Havana”, que, depois de um processo ligado ao registro da marca por
outra pessoa, mudou o rótulo para “Anísio
Santiago”, justamente o nome do fabricante. Ainda tive oportunidade de exibir
meus “vastos” conhecimentos, contando o preço cobrado por garrafa, uns R$200,00,
na época (hoje, parece que custa mais de quatrocentas pratas), mas fui
interrompido por meu cunhado:
- Eu
tenho! Quatro “Havana” e duas “Anísio Santiago”!
Puxa-saco profissional que sou, louvei seu
“tesouro”, comentando que gostaria de, um dia, provar um pouquinho de uma delas.
- Vou
trazer para você experimentar. E saiu da mesa, voltando com um copinho
pouco maior que um dedal de costura, que me entregou.
-Prova
esta maravilha!
Enquanto me observava com um sorriso de
ansiedade no rosto, levei o copinho ao nariz, comentando que precisava antes
sentir o perfume da bebida dos deuses. Depois de cheirar, fazendo toda
dramatização possível, emiti o veredito:
- Tem
cheiro de cachaça...
- Não
enche o saco, prova logo!
Mesmo que tenha tomado muita cachaça na
juventude, fazia séculos que não passava nem perto da “marvada”. Tomei um golinho, esperando uma epifania gustativa, mas
aquela coisa desceu rasgando e queimando minha garganta, exatamente como sentia
na juventude.
- Não me
leve a mal, mas essa Havana tem gosto de cachaça!
Entre ofendido e irritado, meu cunhado tomou de
minhas mãos o dedal, exclamando:
- Ah, dá
aqui, você não entende nada de cachaça!
Lembrando-me hoje desse caso, arrisquei-me
até a fazer uma marchinha:
“Cachaça tem gosto de cachaça
“Cachaça tem gosto de cachaça
Isso
não muda jamais.
Cerveja
tem gosto de cerveja
E o
gosto é ruim demais (pararará...)”.
E, se quiserem saber, hoje eu vou me
fantasiar de “Seu Madruga” (“não me leve a mal. hoje é carnaval”):
Cerveja é ruim demais?
ResponderExcluirNão sei como a "Dona Florinda" te aguenta, ô Madruga!
Se eu parar de beber, a minha esposa pede o divórcio!!!!
Quando eu ainda bebia, gostava de beber o primeiro copo da cerva de uma vez só. na época de calor ficava melhor ainda. O segundo copo já perdia a graça. Foi quando comecei a fazer uma piadinha, dizendo que o primeiro copo era uma maravilha, mas o segundo já tinha gosto de cerveja. E completava, dizendo "e eu não gosto de cerveja". Já falei sobre minhas experiências com o álcool no post "Sexo, Drogas e Rock and Roll - 2ª parte". A explicação está lá, detalhadinha. A propósito, quem gosta de cerveja é minha mulher.
ExcluirTaí, quer dizer que a senhora JB é apreciadora de um suco de cevadis, como dizia o Mussum. Num relacionamento a dois, alguém tem que ser!!! Ou o casamento não dura um ano!!!
ExcluirPois é!
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