terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

INCORRIGÍVEL

Solenes bobagens, verdades caricatas
Se há ou não qualidade no que escrevo
Pouco me importa
Sou eu que estou ali.

Em cada gracejo sem graça
Em cada rabisco
Que teimo em chamar de desenho
Sou eu que estou ali!

Em cada fragmento de memória
Mosaico bizantino
Jogo de lego
Ali estou eu.

Como mudar o que se fez definitivo?
Agora é muito tarde, impossível
Corrigir - não a ortografia,
Mas a vida.

2 comentários:

  1. Muito bom o poema! Bom, mesmo!
    A vida não dá não, JB. Com ela não tem acordo ortográfico. Errou, a rasura fica lá, para sempre!

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    1. A vantagem de ter amigos condescendentes é essa: sempre sai um elogio, mesmo que seja para uma produção meia boca. Valeu, Marreta! (em tempo: seus poemas são muito superiores e são realmente poemas).

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