quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

MEU NOME É JB!

Já falei sobre isso aqui no velho Blogson, mas vou dar uma recapitulada antes de entrar no assunto de hoje. Meu nome é José, homenagem de meus pais a São José, pai adotivo de Jesus (para os que creem, lógico). O sobrenome que herdei de minha mãe é “Botelho”. Meu pai entrou com o “Pinto” (para de rir, porra!). Explicando: o sobrenome de meu pai é composto, sendo o “Pinto” apenas a primeira parte (isso ficou meio esquisito). Assim, meu nome de batismo é José Botelho Pinto...

Este nome sempre foi barra de suportar, pois meu prenome é apenas José, não tem um Carlos, um Antônio ou qualquer outro que ajudasse a me identificar melhor. Não, é só José. Isso me deixava puto e estressado na adolescência, pois eu era apenas “” ou “Zezinho”. Ou então, “Botelho”. Só no último ano do ensino médio é que fui descobrir a sonoridade bandalha do meu nome, quando um sacana me chamou de “Botelho Pinto”. A partir daí, por alguns dias, esmerou-se em criar sinônimos: “Coloquelho Pau”, “Pus-lhe o Membro”, Introduzilho a Vara”, “Encarquelho Ferro”, e por aí, até se cansar da brincadeira, quando passou a me chamar de “Censurado”. Tempos depois, já na faculdade, um colega tratou-me breve e respeitosamente por “Botei-vos”.

Bom, já viu que um nome desses seria motivo justo para umas mil e duzentas sessões de terapia, não é mesmo? Mas eu nunca esquentei a cabeça por causa disso, pois o que sempre me incomodou mesmo é ser apenas um José, um José puro, um Zé, Zé mais nada, Zé Ninguém, um Zé Ruela, um Zé Mané. Essa a razão de brincar com o apelido Jotabê ou JB, na maioria das vezes utilizado na terceira pessoa, tal como faz o Edson Arantes com o Pelé.

Muito bem (ou muito mal). Entre surpreso e incomodado, acabei de descobrir através da revista VEJA que o Jair Bolsonaro também é tratado por JB. Ocevê! (“Ocevê” em mineiro significa “Olha para você ver!”). Mas a semelhança incômoda morre aí, pois nossos credos políticos têm apenas alguns pontos em comum. Ele é de direita e eu sou “independente” ou “de centro”, pois não me considero nem de direita nem de esquerda.

Minha mulher tem uma prima que mora nos Estados Unidos. Por conta de suas amizades aqui e lá, escreve no Facebook em inglês e português. Um dia, antes das eleições que sacramentaram o pato Donald Trump como presidente, ela escreveu no Facebook uma frase que achei ótima, pois é a minha cara: “In my opinion as an Independent (socially liberal /fiscally conservative)...”. Por isso, para que não reste nenhuma dúvida sobre isso, resolvi fazer uma “lista de supermercado” com minhas preferências. Mas isso fica para uma outra oportunidade, pois ainda está “em construção”.

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