sábado, 17 de setembro de 2016

MINHA VIDA NO FACEBOOK - 04

Como disse no post anterior, comecei a divulgar textos de minha autoria no Facebook. Mas confesso que tenho ficado cada vez mais constrangido de fazer isso. E há vários motivos para me sentir assim: na maioria das vezes tenho escolhido textos já publicados no Blogson, o que provoca uma necessidade de edição e enxugamento, pois os textos originais, curtinhos se comparados aos posts caudalosos do Marreta, são imensos para o padrão dessa rede.

Outro motivo é o fato de o Facebook ser extremamente visual, quase como se fosse uma versão eletrônica da revista Caras. E aqui cabe um complemento: tanto em colorido quanto em futilidade e exibicionismo. E os textos do Blogson, embora atendam com folga os padrões “exibicionismo” e “futilidade”, não são coloridos nem trazem imagem nenhuma consigo.

Há também a questão da linguagem. Mesmo que eu seja econômico no uso de palavrões no Blogson (especialmente se comparada à linguagem de alguns amigos virtuais), essa linguagem parece excessiva no Facebook, pois entre os “amigos” existem vários carolas, uma sobrinha pré-adolescente e até uma tia (mesmo que o parentesco nos dois casos seja indireto), pessoas que eu realmente conheço. Por isso, sinto-me constrangido de soltar um “é foda!” ou um “puta que pariu!”, mesmo que o texto exija isso. Essas expressões até já foram utilizadas, mas um “vai tomar no cu!” eu imagino que não terei coragem de usar.

Finalmente, eu percebo que “texto” mesmo não combina com o Facebook e seu imediatismo. Talvez eu até esteja errado nesse julgamento, mas reduzi o entusiasmo com que no início fui postando as velhas piadas do Blogson e textos confessionais. Parece que esse estilo espantou e divertiu alguns amigos, pois até surgiu um pequeno fã-clube, mas sinto que há alguma coisa estranha na divulgação dessa produção.

O que tenho feito ultimamente é “compartilhar” posts de terceiros que realmente sejam criativos, engraçados e impactantes (embora mais raros que as orações, gatinhos, correntes e os textos contra o Lula e a corrupção, encontram-se ótimos exemplos de humor e inteligência na rede).

Outra opção tem sido postar piadas com uso de imagens que saíram no blog (ou foram por mim refugadas nos momentos finais da primeira vida do velho Blogson). Enfim, esse desconforto que tenho sentido me fizeram pensar nos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas isso fica para uma próxima.

Comentário final: tenho andado tão sem interesse em escrever coisas novas que nem consegui ainda imaginar em qual "seção" indexar esta série insossa de posts.

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